Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


10 Janeiro 2008

NEIL GAIMAN E A EXPERIÊNCIA PESSOAL de ler Lovecraft. On video.

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O ANO É UM CONCEITO MUITO RELATIVO, depende muito do planeta e da época histórica em que o observador se situe, embora neste globo em que estamos haja um consenso histórico em redor aproximado do número 360, determinado pela variabilidade das estações, posição das estrelas, etc. E ainda bem que é assim. Ainda bem que os antigos tinham os olhos abertos para o mundo que os rodeava, embora os enchessem de mitos e explicações irracionais (eles é que dariam grandes audiências para os blockbusters de agora; desconfio que a viagem no tempo será inventada pelas multinacionais de produtos de grande consumo e entretenimento à procura de novos mercados, ou quem sabe pelo novo grupo editorial cá da casa). Se seguissem a aparente atitude umbiguista de muitas figuras públicas do tempos actuais que não se preocupam de explicar o mundo mas em contar histórias que não aconteceram bem assim (mensagens políticas de fim de ano, interpretações jornalísticas sobre o erotismo na literatura portuguesa, e outros quejandos), duvido que alguma vez o Euclide tivesse sequer escrito os Elementos. Então se a explicação do mundo se centrar sobre um género que poucos admiram ou compreendem (fantástico) num mercado que não o respeita (português) de um país com poucos autores e leitores que o dinamizem, e ainda por cima centrada em livros, como se os livros fossem relevantes para a vida, não podia haver atitude mais umbiguista. Ainda bem que o João Seixas não se intimida e faz mesmo assim uma revisão nostálgica do ano de calendário que acabámos de assassinar impunes. E se quiserem uma perspectiva internacional, podem sempre seguir esta senhora, igualmente cáustica. Eu também devia dedicar-me a isto, mas o meu problema é que, no meu caso, ainda estou em 1995 e continuo com 25 anos...

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TECNOLOGIA ARCAICA EM EXIBIÇÃO. O que têm o portátil, o iPod, o telemóvel, o iPhone, o PDA, o iMeet, o TomTom em comum? Se o leitor tiver menos de vinte anos, possivelmente nem saberá do que estamos a falar. Contudo, se conseguisse saltar no tempo para o início do século, ficaria espantado, e eventualmente divertido, com a quantidade destes aparelhos que encontrava em cada pessoa, e que eram parte indispensável do dia-a-dia. Mas se não pode viajar no tempo, experimente dar um salto aos átrios da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Lisboa e aproveite para descobrir, ou rever, uma era tecnológica do passado. Passando pelo nosso país numa tournée mundial que teve o início em Nova Iorque em Setembro, esta exposição famosa, subordinada ao tema «Amigos Inseparáveis», mostra-nos como a tecnologia pessoal em causa revolucionou, na época, a sociedade e as culturas, e como influenciou todos os aspectos do quotidiano, incluindo o comportamento social e a economia dos países. Através dos habituais vídeos interactivos e recriação por intermédio de actores animados, a exposição convida-o a atravessar ano após ano daquela época e a ser presenteado com exemplos de cada aparelho, os quais funcionam efectivamente entre si dentro do espaço da exposição, e que obviamente terá de devolver à saída. Ficará, como este jornalista, possivelmente admirado com a destreza e capacidade de memorização dos nossos pais e avós, uma vez que cada um daqueles engenhos tinha objectivos e funções distintas, e eram comandados por intermédio de botões e indicadores que variavam por aparelho, e por vezes entre modelos e marcas do mesmo tipo. A exposição termina finalmente com o surgimento dos primeiros protótipos multi-funcionais capazes de entender e processar a fala humana, precursores da tecnologia moderna. [Agência Nacional de Notícias, 10.01.2039]

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09 Janeiro 2008

LENTES DE CONTACTO DESTRONAM A LIDERANÇA DOS ÓCULOS VIRTUAIS Após meia década no topo da lista de vendas dos aparelhos electrónicos de lazer e quotidiano, os óculos virtuais Vasto Mundo, que foram a aposta da vida de um pequeno grupo de jovens técnicos no início da década, hoje em dia proprietários da milionária OmniVisão Lda, foram pela primeira vez afastados do pódio pela nova moda do audiovisual: lentes de contacto virtuais. Invenção dos laboratórios americanos True Man, líderes na elaboração de próteses para invisuais, e que pretendem com este engenho massificar a produção e atingir o consumidor comum, tratam-se de lentes feitas de um polímero inteligente, cujas moléculas reagem individualmente e de forma passiva aos diferentes espectros de uma emissão de ondas de rádio codificada, de forma a refractarem a luz recebida antes de atingir a retina e dessa forma simularem imagens, estáticas ou em movimento, com elevadíssima precisão. Ao contrário dos óculos virtuais, que necessitam de uma armação volumosa e lentes de cristais líquidos de segunda geração para estabelecer ligação à internet e poderem interagir com o dono, as novas lentes de contacto requerem apenas a presença de um pequeno centro de captação dos dados, responsável por captar o sinal dos transmissores virtuais e efectuar a respectiva tradução num formato descodificável pelas moléculas das lentes do próprio utilizador. A proposta do laboratório é de incluir o centro de contacto num discreto auricular que acompanharia o uso das mesmas e seria indispensàvel à recepção do som. De acordo com os consumidores, a quase invisibilidade do aparelho é o factor mais atraente, e a principal razão porque, apesar do seu custo elevado, começa a ser preferido face aos Vasto Mundo que, embora existindo em diversos estilos e em parceria com famosas casas de design internacionais, nunca foram capazes de vencer completamente o incómodo interface «óculo».[Agência Nacional de Notícias, 09.01.2019s]

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08 Janeiro 2008

AS SOCIEDADES ALTERNATIVAS EM DEBATE. Foram ontem apresentadas na Faculdade de Ciências de Lisboa as primeiras observações de um estudo efectuado sobre o efeito das tecnologias modernas na definição de identidades alternativas. De acordo com a proposta inicial do projecto, a possibilidade de comunicação directa e instantânea entre pessoas distantes no espaço, quer pelos tradicionais meios de contacto quer pelos progressos recentes da tradução automática, estarão a criar grupos de interesses comuns que evoluem para verdadeiras e complexas sociedades virtuais, adoptando regras de conduta, linguagem, estratos sociais e inclusive, em exemplos mais sofisticados, leis e tributação fiscal das receitas auferidas no próprio espaço virtual, e fora dele. Representando na maioria dos casos, espaços alternativos de expressão pessoal, a taxa de aderência não se restringe a camadas mais jovens ou mais idosas, mas todos os níveis etários, nos quais se pode encontrar a gama completa de participantes: desde o pontual ou curioso, designado no meio por turista acidental, que investe pouco mais de um porcento do tempo disponível anualmente, aos ocupantes permanentes, que são capazes de investir noventa a cem porcento do tempo disponível, parando apenas para trabalhar e dormir. O que os motiva a esta existência paralela? Quase sempre a necessidade de obter controlo sobre as circunstâncias que os desagradam no mundo real, desde vicissitudes da fisionomia pessoal, falta de património financeiro, falta de iniciativa, à própria incapacidade de integração social e profissional. Por vezes, o desagrado face à organização e tecnocracia das sociedades modernas também conduz a que uma certa camada procure realização em terras de fantasia épica ou medieval, concebidas sobre parâmetros mais simples que as verdadeiras culturas históricas. Resultado da colaboração de docentes portugueses com congéneres da Faculté des Sciences et Techniques de Lille, o estudo observa ainda o crescimento de negócios do mundo real vocacionados para fornecer produtos e serviços exclusivamente vocacionados para cada uma destas sociedades, obviamente com contrapartidas financeiras em dinheiro concreto. [Agência Nacional de Notícias, 08.01.2011]

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07 Janeiro 2008

NAVEGAÇÃO VIRTUAL DESSINCRONIZADA CAUSA PROVÁVEL DE ACIDENTE FATAL? O sistema de vigilância da Segurança Civil registou a ocorrência junto da vila de Tortosendo de um acidente com um veículo ligeiro pelas 23h42 de ontem, causando a morte a dois dos quatro ocupantes. O automóvel seguia pela estrada de ligação à Covilhã e despistou-se a cinco quilómetros de saída da vila, ao não acompanhar o início de uma curva, sendo projectado para fora da via e acabando por embater no muro de resguardo de uma moradia desocupada. De acordo com o relatório oficial divulgado, a capacidade de protecção do habitáculo interno do carro ficou comprometida pela elevada velocidade em que este seguia, causando ferimentos graves nos ocupantes, que se tornariam fatais para dois deles antes da chegada da equipa de socorro. O relatório salienta que, dadas as condições atmosféricas de elevada pluviosidade e nevoeiro, bem como as condições impróprias do terreno, havia um nível médio-elevado de risco na velocidade em que o veículo prosseguia, e que o condutor terá sido avisado dos perigos inerentes pelo computador de bordo. Contudo, também ressalva que há indicações na caixa-negra de que avançariam guiados pela condução virtual, a qual se encontrava suportada por um sistema avançado de projecção dos limites da estrada no vidro dianteiro, complementando a baixa visibilidade e aumentando a segurança da rapidez da marcha. Entre as explicações possíveis para o acidente, tendo sido excluída a falha mecânica e encontrando-se em avaliação por médicos legistas a causa humana, verifica-se a preocupante possibilidade de haver uma maior margem de erro para a projecção virtual do caminho do que indicada pelo fabricante, fazendo supor ao condutor que a curva em causa se situaria mais distante do que efectivamente estava. Esta possibilidade está a ser ponderada pela imprensa, e pela família das vítimas, que anunciaram estarem a considerar um processo contra os fabricantes do sistema de condução virtual. [Agência Nacional de Notícias, 7.01.2017]

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04 Janeiro 2008

CRESCIMENTO DA ECONOMIA DO FAVOR. Se precisar de encontrar um canalizador, uma oficina de reparação automóvel, um carro com motorista para o fim de semana, um dentista para uma emergência, uma ama para os filhos, a quem recorre? Noventa porcento dos leitores indicarão os motores de busca da internet, os portais comunitários ou as listas telefónicas. Nove e meio porcento perguntarão aos amigos e familiares. Apenas meio porcento, segundo estatísticas recentes, se lembrará de pedir ao banco. Contudo, numa crescente tendência de apoio e acompanhamento do estilo de vida dos clientes em todos os aspectos, e pressionados por um mercado altamente competitivo, de margens baixas e regulamentação apertada, a indústria bancária começa a apostar fortemente num novo conceito de serviço global, distante dos tradicionais produtos financeiros. Esta abordagem assenta no conceito do «banco de favores», no qual a moeda de troca é a prestação de um serviço pessoal ou profissional (o «favor»), sobre o qual não recai, geralmente, um pagamento directo mas uma determinada pontuação, atribuida segundo regras de mercado em todo semelhantes às da moeda corrente, e que pode ser acumulada, ou depositada, junto dos bancos. De igual forma, o valor acumulado das pontuações dos «favores» que prestou poderá ser utilizado para recorrer aos serviços prestados por outras pessoas no mesmo regime, não necessariamente a pessoa a quem fez o favor inicial. Assim, imagine que o leitor é o canalizador acima referido, e que ao responder ao apelo da pessoa necessitada acumula determinado saldo na conta que abriu na instituição financeira – chamado o saldo de «boa vontade»; poderá então utilizá-lo para pedir a assistência de uma empregada doméstica para lhe limpar a casa, ou de um estafeta para fazer um recado, ou de alguém que simplesmente vá passear o seu cão. Todos os favores são válidos, desde que não violem nenhuma lei em vigor, e geralmente não podem ser trocados por valores pecuniários (embora tenha recentemente surgido um mercado paralelo de venda dos favores acumulados). O benefício para os bancos é evidente: não só expandem a relação com os clientes como fazem crescer os índices de fidelidade; e por cada favor prestado ao abrigo deste serviço, o banco reserva uma percentagem de comissão, também em pontuações de favor, que é normalmente utilizada na contratação não remunerada de trabalho temporário não especializado, para atender call-centers e apoiar campanhas publicitárias. No entanto, é um preço que vale a pena pagar, pois os bancos oferecem uma segurança adicional que a maioria das listagens da internet não garante, ao requererem ao cliente provas de identidade no acto de inscrição e manterem uma base de dados comum ao mercado sobre a qualidade e integridade do prestador de serviços em causa. Serviços não-financeiros desta natureza não são de agora, mas só actualmente começaram a constituir um peso significativo na economia dos países ocidentais, pois trata-se para todos os efeitos de trabalho não sujeito a trocas financeiras, e logo isento de impostos sob a actual fiscalidade. Situação que, estamos em crer, não se irá manter durante muito tempo... [Agência Nacional de Notícias, 04.01.2012]

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ESTAVA-SE EM INÍCIO DOS ANOS 90 e um filme de FC quase esquecido apresentava uma continuação que faria história no cinema e consagraria James Cameron como o realizador a apostar quando se quisesse fazer sequelas de histórias de acção e fantástico. Terminator 2 destacou-se pela bravata, pela intensidade da abordagem, pela inteligência dos efeitos visuais, na apresentação de uma visão do futuro que, mesmo não fazendo muito sentido lógico, era directa, assumida, implacável. Linda Hamilton trouxe uma nova forma de actuar para as heroínas de acção, finalmente destacando-se da personagem indefesa do filme anterior. Arnold representou o papel de uma máquina implacável com uma contrição muito sua, aproveitando-se devidamente da sua aparência de imigrante entre americanos. E Robert Patrick passa a quase totalidade do filme sem uma única deixa mas com uma presença marcante, mostrando-se como é possível actuar apenas pela expressão corporal e com uma personagem tão limitada. Da terceira parte, já nesta década, esperemos que reste tão pouca memória quanto de Highlander 2.

Infelizmente, o filão não ficou por aqui, e agora surge na televisão norte-americana os episódios intermédios da saga, ou seja, o que teria acontecido entre a segunda e a terceira parte (onde a mãe do puto já não existe). The Sarah Conner Chronicles prometem muito diálogo introvertido, muito umbiguismo, alguma simbiologia de Beckett, no sentido em que estaremos todos à espera de Godot, ou seja, de uma abordagem inovadora que provavelmente nunca virá. Algo que nunca compreendi é porque existia apenas um robô atacante de cada vez. Porque é que do futuro não enviaram dezenas, centenas de máquinas para tentar acabar com o miúdo, em simultâneo na mesma época (e uma vez que os defensores fariam o mesmo, imaginem o combate titânico destes verdadeiros exércitos). Ou matar os pais antes de se encontrarem. Ou libertarem simplesmente dardos, substâncias tóxicas, veneno nas condutas de água e na comida das vilas onde iam morando, pragas biológicas no ar - mesmo que dizimassem uma boa parte da população, não tinham como objectivo acabar com o puto fosse como fosse? Estão a ver como se pode levar o conceito a um crescendo caótico de loucura? E como, pensando bem, as abordagens dos filmes até hoje são realmente pobres.

Duvido que a série siga este rumo. Pelo trailer, promete-se mais perseguições de carro e explosões. Resta-nos Lena Hadey, discreta mas bela em 300, com a sua beleza e competência como actriz, que talvez componha o ramalhete. E a nova exterminadora, que talvez venha também a ser governadora da Califórnia... (Via Sound+Vision).

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03 Janeiro 2008

«BARTOLOMEU» EFECTUA PRIMEIRO VÔO IBÉRICO. Iniciativa do multimilionário catalão Castels Plat, o «Bartolomeu» é o primeiro dirigível da era moderna a funcionar numa rota comercial, com vôos regulares dentro do espaço ibérico. De acordo com os comunicados de imprensa, «nesta era de aeroportos congestionados, medidas de segurança incómodas, serviço a bordo de baixa qualidade, atrasos no embarque e confusão generalizada», o uso de dirigíveis seguros e baseados em tecnologia de vanguarda pretende «devolver à viagem aérea o glamour e o romantismo que merece, proporcionando espaços de lazer extensos onde os passageiros podem descontrair, divertir-se e apreciar a paisagem». A primeira viagem levará cerca de sessenta passageiros, entre os quais amigos pessoais e convidados de Castels Plat, e fará a ligação da sua propriedade de Montserrat à zona de Vila Nova de Milfontes, com uma duração estimada de sete horas. Para passar o tempo, os passageiros poderão relaxar na zona de massagens e terapia, ver filmes na sala de projecção, ou ainda assistir à actuação especial da dupla romântica Casels y Casels. O jantar, confeccionado a bordo, estará a cargo nesta viagem do famoso chefe Juán Sentil, que prometeu uma mostra gastronómica da Catalunha. Aqueles que não conseguem estar muito tempo longe dos seus afazeres, poderão usufruir da sala de comunicações, equipada com computadores, internet e telefones em cabinas isoladas para completa privacidade. Não é à toa que lhes chamam de «palácios celestes». O preço de entrada, por outro lado, é que não se assemelha aos dos palácios em terra... [Agência Nacional de Notícias, 03.01.2013]

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02 Janeiro 2008

O ANO EM QUE REGRESSAMOS À LUA. Fará em Dezembro próximo deste ano, meio século desde a última presença de um ser humano no nosso satélite natural. Apolo 17 foi a derradeira das missões de conquista espacial a chegar à Lua e pousar na superfície, feito único da nossa espécie que tem sido difícil, por questões políticas e económicas repetir. Tendo resultado de um efeito secundário inesperado da Guerra Fria, no qual, e talvez pela primeira vez na História, o marketing político contribuiu efectivamente para o progresso humano (todos os materiais e substâncias que a Lua contém encontram-se amplamente disponíveis no nosso planeta, e como não comporta nenhum dos que escasseiam, não se registou um motivo económico ou prático para lá regressarmos tão depressa), a preparação de uma nova missão tripulada tem sido continuamente adiada pelas principais potências envolvidas na exploração espacial, mais preocupadas na conquista das órbitas circunterrestres próximas, onde reside a maior atracção dos investidores. Não foi senão em 2015, com o desenvolvimento de métodos para a produção industrial – logo, barata – de combustíveis compactos de elevada energia, que a indústria aeroespacial entrou numa nova fase de inovação. Este tipo de combustíveis consegue combinar uma redução substancial da massa a colocar em órbita (uma vez que é necessário transportar o combustível total para a viagem, este adiciona por si mesmo um peso combinado à massa total de materiais, nave, tanques e pessoas a impulsionar), bem como um impulso específico igual ou ligeiramente superior ao dos combustíveis normalmente utilizados. Combinando este efeito com propulsores aperfeiçoados, capazes de transformar mais eficientemente combustão em movimento, o custo de colocar carga em órbita decresceu nos últimos anos, para um quarto dos valores médios da década passada, permitindo libertar parte dos orçamentos envolvidos em sustentar missões mais longas ou mais longinquas, e reduzi-los ao mesmo tempo. Por via desta tendência, um conglomerado de multinacionais privadas europeias de sectores não-industriais vão apostar pela primeira vez na exploração espacial e financiar o regresso à superfície da Lua, com data marcada para meados do presente ano. Portugal, enquanto país onde se tem vindo a experimentar colheitas transgénicas de substâncias agrícolas com bastante sucesso, participa de forma relevante. O objectivo de alcançar a Lua? Estudar a viabilidade de subsistência de plantações resistentes a condições de baixa gravidade e elevado nível de radiações, para futuramente sustentarem uma presença humana estável e permanente na superfície do nosso satélite, um sonho de longa data da ficção científica. [Agência Nacional de Notícias, 02.01.2022]

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