Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


13 Outubro 2013

A Mosca Na Teia. 

«Falar de defesa induzida é falar de uma educação extrema e desesperada do predador pela presa. Extrema no sentido de representar uma resposta tão específica a determinado comportamento de predação, e nessa especificidade comprometer recursos e capacidades defensivas da presa que o processo evolutivo normal orientaria para respostas mais genéricas a ameaças mais abrangentes. Desesperada por que a selecção natural tem a sua lógica intrínseca, e nem sempre o equilíbrio dinâmico entre oferta e procura, no qual a escassez de alimento faria reduzir o número de predadores e assim permitir a sobrevivência da presa, é o principal mecanismo em acção. Perante o contacto com o predador agressivo e uma reacção defensiva favorável, o processo evolutivo favorece os elementos capazes de reagir com a antecipação necessária e sem prejudicar a sua integridade estrutural nem a possibilidade de reprodução, cumprindo os requisitos base de especificidade, amplificação e memória indispensáveis para a categoria de defesa induzida.

É importante realçar que a ferocidade da defesa resulta, também ela, na sua própria ineficiência, uma vez que força a selecção natural dos predadores que lhe sejam mais resistentes ou indiferentes. Ser-se demasiado específico torna-se assim num risco acrescido, pois este comportamento terá sido adquirito à custa da versatilidade reprodutiva ou do factor de crescimento. Ainda que a relação entre todos estes factores não seja clara, a defesa induzida é uma marca histórica, uma prova de uma relação agressiva com uma espécie dominante que poderá já nem existir no momento do estudo.

Enquanto humanos, somos peças integrantes da nossa ecologia. Transportamos nos genes as estratégias de sobrevivência que nos foram mais adequadas no passado para ultrapassar as ameaças de outros animais, plantas tóxicas e doenças. O nosso sistema imunitário foi-se fortalecendo à medida que nos expusemos a epidemias, lentas ou vorazes, combatendo com a única arma que, durante muitos milénios, esteve disponível, ou seja, o antigo mecanismo de sobrevivência e reprodução. O combate artificial, por meio da investigação científica, da experimentação e da formulação de substâncias químicas que atacassem vírus e bactérias utilizando os seus próprios mecanismos, é, em termos evolutivos, uma reacção bastante recente, e para a qual os próprios virus e bactérias ainda não conseguiram contrapor com uma arma eficiente. Dito por outras palavras, a nossa inteligência é, para os efeitos de classificação de uma resposta específica a um mecanismo de predação, uma defesa induzida, que tem a vantagem relativa de conseguir adaptar-se com maior rapidez a alterações do predador, ao não estar directamente dependente de uma base genética mas de um comportamento transmitido pelo conhecimento. Tendo surgido na nossa espécie, depressa se terá revelado numa vantagem demasiado competitiva, pois, não obstante as variações individuais, o cérebro humano mantém uma constituição uniforme e um comportamento idêntico, independentemente da raça e localização geográfica. E se tivemos – e continuamos a ter – ameaças à sobrevivência decorrentes de uma acção intencional e racional, estas são exclusivamente consequências da nossa própria actividade, da aplicação da nossa inteligência.

Até à chegada dos extra-terrestres, obviamente. Eis que, de um momento para o outro, nos vimos defrontados com a manifestação de uma inteligência externa à nossa, detentora dos seus próprios processos de funcionamento, estranha, impenetrável. O historial breve do nosso contacto com estas diferentes espécies revelou diferentes modos de comunicação, ocupando vértices tão extremos a nível da sua intensidade – desde o secretismo dos Spleen à permeabilidade aparentemente total dos Cabeças-de-Abóbora – que se torna difícil, ou mesmo impossível, distinguir o que são comportamentos intrínsecos a cada uma destas espécies do que poderá ser uma estratégia concertada de abordagem à Humanidade. Se durante milénios, integrados na ecologia terrestre, aprendemos a sobreviver e a ascender na escada das defesas induzidas, até obtermos a mais flexível de todas, corremos actualmente um enorme risco, enquanto espécie, pois não temos qualquer defesa perante outras inteligências, nunca nos vimos expostos nem necessitados de adoptar mecanismos reactivos. E dada a rapidez com que os extra-terrestres se integraram no nosso meio, ou o utilizaram para os seus propósitos obscuros, receio que estejamos perante a maior ameaça de sempre à nossa existência  – o desequilíbrio entre o que sabem de nós e o que sabemos deles não aparenta reduzir-se, e como no proverbial conto de terror, o pêndulo balança inexoravelmente para um confronto final.»

Joe Abraxas, Não Lhes Faremos a Vontade: Os Efeitos da Presença Extraterrestre nas Culturas Humanas, 15ª edição.

Isto, a propósito daquelas manobras orbitais de que vos falava há alguns tempos...

 

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05 Setembro 2013

O Que Tem Andado a Sandra a fazer desde a última vez?

Isto, pelos vistos...

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26 Agosto 2013

O Caderno Literário InDica auto-define-se como sendo «um espaço para a criação literária»:

Um local para a discussão, a reflexão e, principalmente, para a divulgação de livros. Queremos ser uma moldura para a produção literária. Numa época em que qualquer um pode publicar sua opinião na internet e centenas de blogs divulgam resenhas de livros, queremos falar de Literatura em uma plataforma tradicional: o JORNAL IMPRESSO.

Atualmente, os teóricos dizem que a crítica passa por uma inadequação entre o instrumental em que ela trabalha e as novas formas de produzir e compor o texto. Que antes tínhamos um padrão de crítica, onde eram aplicados certos métodos e teorias literárias que hoje estão obsoletos. Antes, a tarefa do crítico exigia que ele encaixasse o seu texto no modelo teórico. Hoje, a forma de crítica está mudando de configuração. Ela não pode mais ignorar os últimos avanços e mudanças em todas as áreas. Já podemos observar modalidades de críticas por que o novo produto exige. Passamos de um mundo no qual a informação era escassa para outro no qual há fartura de informação.

Assim, o Caderno Literário InDica não vai falar de “crise da crítica literária”. Queremos romper com esse discurso retórico. Queremos pensar e discutir a Literatura. Queremos estimular o questionamento da produção literária. Tanto o seu estudo como o fazer prático. Não temos a pretensão de sermos revolucionários ou inovadores. Na verdade, almejamos redescobrir como fazer crítica.

Queremos ir além dos modelos. Ir além da avaliação do objeto, dos pressupostos críticos e teóricos. Queremos entrar por um novo caminho. Não sabemos onde vai dar. Esse espaço do imprevisível nos permitirá a possibilidade de descoberta. Isso implica estar disponível para questionar. A proposta é a crítica com liberdade.

Composto por várias secções (temáticas) e colunas (de opinião e informação), tem um formato tablóide, 16 páginas coloridas, tiragem de 8.000 exemplares e, é importante mencionar, distribuição gratuita em locais estratégicos ligados a cultura literária (por exemplo, em certas livrarias). Mas é também, e principalmente, o mais recente projecto do Sílvio Alexandre, conhecido organizador (entre tantas outras actividades) do Fantasticon, encontro brasileiro de Ficção Científica cuja sétima edição está a um mês de acontecer.

Se refiro este projecto distante é também pelo amável convite do organizador para a contribuição com uma perspectiva portuguesa do que hoje se fala do Brasil nas nossas letras. Escolhi o último romance do jornalista Hugo Gonçalves, Enquanto Lisboa Arde, o Rio de Janeiro Pega Fogo, que traça um percurso muito peculiar de um recém-desempregado luso (pela crise, naturalmente) por terras brasileiras em busca de um recomeço de vida (que envolve muito sexo, maconha farta e bastante descontração. A melhor solução para o país até agora proposta, sem dúvida). O texto surge ao lado das importantes contribuições de Andrea del Fuego, Braulio Tavares, Claudio Brites, Luiz Brás, Manuel da Costa Pinto, Marcelino Freire, Milena Cherubim, Sandra Schamas e Waldomiro Vergueiro. O lançamento ocorreu dia 16 de Agosto numa das livrarias Martins Fontes de S. Paulo.

Projectos como este, em particular com distribuição gratuita, são raros e requerem todo o apoio possível. Esperemos que esta iniciativa possa inspirar algum entusiasta em Portugal a criar um caderno semelhante para o mainstream. Felizmente, a nível da FC, já temos uma iniciativa de grande qualidade e ousadia, na FC, através da Bang!

Sílvio Alexandre e Camila Prietto no lançamento. Foto cortesia de Camila Prietto.

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08 Agosto 2013

Nas Profundezas do Baú Da FC Em Lusa Terra, descobre-se uma atitude sadia e positiva perante a ciência, o progresso do Homem e a própria Ficção Científica, patente nos números iniciais do Jornal de Letras e Artes, publicação semanal que vingou entre 1961 e 1970. Entre os extensos artigos dedicados a recensear estreias teatrais, falar de movimentos artísticos e cinematográficos, debater questões das artes plásticas e dar voz de opinião a cronistas – em suma, um jornal de verdadeiros conteúdos culturais como hoje não se encontra, como insinuação a quem se pasma pelo desfalecimento anunciado da imprensa -, encontra-se o ocasional anúncio a livros, crítica e artigo sobre temas de um futuro anunciado que, nas breves palavras de introdução à sequência de entrevistas sob o tema «Cientistas e Homens de Letras Pronunciam-se sobre a Prodigiosa Devassa do Espaço Astral», inserida no número de 22 de Novembro de 1961, demonstram um interesse muito activo sobre o compromisso entre capacidade e responsabilidade (humanas) ao qual a FC não é alheia:

A ficção científica transformou-se em realidade no nosso século. Cumpriram-se as profecias de Wells, de Júlio Verne, os espeleólogos expugnam o interior da crosta terrestre, os homens-rãs descem às profundidades submarinas, os aviões a jacto encurtam as distâncias entre remotas cidades, mas onde a maravilha tornada acção vai tão longe que a imaginação do homem comum ainda mal a acompanha é no domínio das explorações do espaço aéreo. Teremos entrado numa era interplanetária, em que todos os problemas, ainda os mais graves, do homem na Terra, hão-de ser revistos à luz de uma nova situação, em que os seus mais agudos conflitos possam encontrar-se, de um dia para o outro, superados?

Lançados ousadamente para a estratosfera os astronautas, em satélites artificiais, em foguetões tripulados, em breve porventura rumo à Lua, numa fabulosa devassa do mundo astral, que é, com toda a sua margem de aventura, o fruto de pacientes e rigorosas investigações, de cálculos de extrema minúcia, levantam-se questões sem fim quanto à projecção de tais viagens, do seu êxito e das suas consequências, na vida do homem - vida moral, social, política, estética. Que será esse homem de amanhã, em todos esses planos? Há duas posições fundamentais ante as grandes transformações da história: as que - como portugueses - podemos chamar de «saudade do futuro» e «saudade do passado».

Seguem-se depoimentos de personalidades da época, entre as quais Rómulo de Carvalho, António Quadros e José Blanc de Portugal, este último fazendo um breve exercício extrapolatório em que reflecte sobre a Terra e a Humanidade a partir da respectiva entrada numa suposta «Enciclopédia Universal».

Nos números seguintes, ocasião para Huxley nos ensinar «A arte de ver o futuro», Jean Hougron apresentar um texto inédito, e encontrar uma chamada de atenção (no n.º de 6 de Dezembro de 1961) para a saída de «Ortog: um romance de ficção científica que vem revelar-nos o homem de hoje no mundo alucinante do futuro» de Kurt Steiner, à venda pela módica quantia de 12$50. Trata-se do n.º 66 da colecção Argonauta em que Mário Henrique-Leiria verte para portuguêsa fantasia heróica Aux Armes d’Ortog de André Ruellan (que assina com pseudónimo) e que representa uma edição muito recente, pois o original saíra na Fleuve Noir no ano anterior. Também lugar nessa mesma semana para o anúncio da Editorial Minotauro do livro de um certo Isaac Asimov, Nove Amanhãs, apresentado como «uma obra fundamental da ficção científica na Colecção Órbita» e que engloba «todo o maravilhoso da ciência do futuro». Nove Amanhãs receberá honras de recensão no n.º de 18 de Abril de 1962 do JLA: «é uma série de histórias, visões fantásticas do futuro do homem, em que Asimov revela todos os seus conhecidos dotes de imaginação, os seus conhecimentos científicos e o seu talento de escritor. As histórias com um ambiente psicológico semelhante, põem o homem perante os problemas suscitados pelas forças materiais que ele próprio libertou, mas que não consegue dominar». A tradução é de Fernando de Castro Ferro (ref.ª), a qual será, presumivelmente reaproveitada na edição posterior da Vega (1979; reed. 1988).

Resta perceber se esta assumida familiaridade com o nome de Asimov se deve à Argonauta, então com oito anos de idade, em que o autor já teria aparecido com o seu próprio nome (para não falar do pseudónimo Paul French) em três romances...

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02 Junho 2013

Antes Que A Feira Se Acabe, e se acabem as feiras de vez, eis onde me encontram num estado mais verdadeiro que a mim próprio: no stand da Saída de Emergência, disseminado por várias publicações (Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa, Sombras Sobre Lisboa e algumas traduções); no stand da Gradiva, que guarda timidamente exemplares da antologia Mensageiros das Estrelas atrás do balcão para não se constiparem (convém perguntarem aos senhores da loja); no stand da Europress, onde restam alguns poucas Ficções Científicas e Fantásticas e Brinca Comigo!; no stand da Devir, que é capaz de ainda ter uma Assembleia Estelar vinda do Brasil; e esta pequena surpresa na Leya, os poucos exemplares sobreviventes ao auto-da-fé de há poucos anos de uma certa colecção azul que foi considerada pela presidente da European Science Fiction como invulgarmente representativa da FC europeia (e vá lá perceber-se por que motivos não ganhou prémios nem chegou a ser nomeada...) e onde ainda está o talvez derradeiro Futuro à Janela a pousar pés em terrenos de Feira, já maior de idade mas ainda com bom aspecto. Não percam obviamente tempo a ir pelas minhas parcas tentativas mas vão pela boa FC&F luso-brasileira que anda por aí, enovelada no vento, à procura de quem a colha.

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31 Março 2013

E Passaram-se, tão silenciosamente, dez anos.

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19 Novembro 2012

Há Talvez Um Padrão Migratório nas festividades recorrentes, que fale de ciclos e marés, de estações e retornos. A circularidade está-nos nos ossos, fruto do desenvolvimento e maturidade num planeta de um sistema unisolar cuja órbita regular e previsível (calculável, inclusive) nos encanta com ideais de tradição, permanência e rotina - algo a que o universo é totalmente alheio. Enfiados neste pequeno e frágil oásis, vivemos na ilusão de que o futuro é infinito e o passado se resume a uma lenta caminhada para este presente glorioso. Não foi há muitos séculos que se encarava esta narrativa como uma queda de glória, com pouco ou nenhum pensamento virado para o dia de amanhã: o Renascimento inspirava-se nos modelos clássicos para minimizar todos os feitos culturais da grande noite da Idade Média, que nem foi tão média nem tão escura assim.

Não foi há muito tempo que um evento tão singelo e óbvio como a junção periódica dos amantes do Fantástico para celebrar a inclinação (natural ou anti-natural, decidam por vós) temática colectivamente era um anseio de terras distantes, apenas possível para quem vivesse nas Américas ou entre os Bretões. Ser-se entusiasta português da Ficção Científica (género predominante nos anos 80) era viver-se em isolamento, aparte os grupos de bairro que se fossem juntando para trocar livros. Uma solidão só quebrada pela peregrinação à livraria e ao filme ocasional, acompanhada das respectivas críticas (ainda presentes) nos jornais. Não existia sequer a noção de autor de FC português, antes da aventureira iniciativa da Editorial Caminho ter começado a dar-lhe corpo, identidade e um sopro de vida.

Agora temos tudo isto. Temos autores e entusiastas, grupos e reuniões, debates e opiniões, e regularidade. Regularidade, acima de tudo. Provou-se que é possível fazer - e bem - encontros de Fantástico em português e em Portugal. Respondeu-se à justa crítica do excesso de centralização na capital e repetiu-se no Porto. Desmultiplicou-se em temas e abordagens. E acima de tudo, promoveu-se a inclusividade, o que expôs o panorama fantástico luso como um prisma complexo de intenções diferenciadas - nas quais, é óbvio, não faltarão as confusas ou imberbes - com permanente conluio entre quem se encontra mais no centro do discurso e quem está na periferia. Este efeito conjunto tem ajudado a edificar o que não se conseguiu nas primeiras tentativas da década de 90: uma narrativa do género com evidências de que existe, desenvolve-se, aprende com o passado e quer melhorar. É importante honrar o que se tem, por ser importante e frágil. Não temos assim tanto que nos seja permitido abrir mão. Não há muitos grupos e encontros regulares distribuidos pelo país. Não há muitas editoras dedicadas exclusivamente ao Fantástico. A grande crise que se avizinha - a crise da fé numa semi-imposta irmandade europeia - vai ser particularmente dura para nós, e não me refiro à óbvia questão financeira: há-de ser uma crise de orgulho, auto-confiança e valor intrínseco da nossa cultura. Se sempre abracei a FC, foi por se posicionar numa perspectiva superior à mesquinhez irredutível do presente e conseguir descrever a ondulação das montanhas - olhar para o processo da História e para a imensidão do universo e relativizar a individualidade do minuto no contexto do eterno. Não há motivos para comprometermos isto.

Chegados a este período do ano, algo acontece no mundo do Fantástico na Europa Ocidental, talvez comparável à rentré mainstream. Acontece em Espanha e França e Inglaterra. Acontecerá noutros países, sem dúvida, se me dignar a procurá-los na internet. Na possibilidade de um ano, é entre Setembro e Dezembro que as festividades (literárias) se acumulam. Em Portugal, começámos cedo, desta vez, em finais de Setembro, com a participação portuguesa na EuroSteamCon, o primeiro (pseudo) congresso (pseudo) europeu de vaporpunk - um agradável sucesso de boa disposição e ambiente. Mas é com o aproximar dos finais de Novembro, que dois acontecimentos em sucessão imediata irão marcar o género - o Fórum Fantástico, na sua sétima edição, e o colóquio Mensageiros das Estrelas, na segunda edição. Longe de se esgotarem, complementam-se, pois se o primeiro é informal e sintético, o segundo é académico e discursivo. Nada mal para um país de reduzida produção literária e quase inexistente audio-visual...

Além dos habituais painéis e papers apresentados em cada um dos congressos, uma nota particular o facto de que ambos, pela primeira vez, se fazerem acompanhar por edições próprias, concebidas pelos respectivos organizadores: o primeiro número da revista Trëma, do Rogério Ribeiro e João Campos e a antologia Mensageiros das Estrelas, de Octávio dos Santos, Adelaide Serras e Duarte Patarra. Mais uma prova da maturidade dos eventos e consciência de que a melhor forma de vincar uma mensagem é deixá-la escrita.

Em termos de presenças internacionais, os nomes a reter são Dan Wells (autor de Não Sou um Serial Killer), Jonathan Stroud e Adam Roberts. Wells irá também participar numa sessão da oficina de escrita do Fantástico a inaugurar durante o Fórum. Em termos dos lançamentos que acompanham estes eventos, destaque para o primeiro número da revista Lusitânia, que tem por árdua missão definir/encontrar «uma literatura especulativa genuinamente portuguesa», e para a mega-antologia Lisboa no Ano 2000: Antologia Assombrosa sobre uma Cidade que Nunca Existiu, concebida e organizada por João Barreiros, sobre um Portugal retro-futurista que, com mais ou menos tropeções na História, bem podia ter acontecido... E também se falarão de fantasmas, de heróis de fantasia (haverá outros?), de banda desenhada e animação... Fiquem-se com os programas respectivos e devidas notas para uma melhor informação que estas mínimas palavras.

E apareçam, sobretudo! (Bem, o sobretudo é opcional...)

 

Fórum Fantástico

 

Mensageiros das Estrelas

 

Capa da antologia comemorativa do evento

 

Capa da Trëma

 

Capa da revista Lusitânia

 

Capa da antologia

 

Cartaz da iniciativa Oficina de Escrita Fantástica

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