Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


25 Setembro 2016

A resenha mais importante. Em 30 de Julho de 1993, aparecia a seguinte crítica a GalxMente no jornal Público, secção Leituras, um texto de página inteira da cortesia do João Barreiros.

Em Busca da Carne Perdida

Publicar FC portuguesa num país onde ninguém lê, ainda por cima um «opus» de mais de trezentas páginas é, convenhamos, uma prova de coragem. Mas Luís Filipe Silva é assim mesmo. Não tem medo de nada. Enquanto lá por fora os autores de «mainstream» deixam de lado as agonias onfálicas do quotidiano para se perderem enfim nos meandros escorregadios do «slipstream», sonhando já com as agruras do novo milénio, em Portugal, pelo contrário, quando se fala do próximo século, estamos ainda a referir-nos aos primórdios do século XX. Talvez seja por isso que a literatura de FC nunca tenha surgido no nosso país, onde ciência e tecnologia continuam ainda a ser consideradas como assuntos pouco dignos de serem tratados na grande «Academia das Artes e dos Ofícios». Como se a fogueira continuasse a ameaçar a integralidade de todas as passarolas. Aprender a voar continua a ser perigoso. E contudo, o futuro, como diria Luís Filipe Silva numa outra obra, já está à janela.

Convenhamos que há uma certa razão para este afastamento desdenhoso da crítica e dos leitores pela FC portuguesa. Em boa verdade, nada do que foi até aqui publicado chegou a ser memorável. Da FC lusa, não consta sequer o famoso «sense of wonder» tão requisitado por Campbell. Monótona e enfadonha, pouco mais fez do que reproduzir as ambições limitadas de quem a escreveu. Perde-se em clichés que há muito se esgotaram. Não tem força de impacto. Compreende-se então que a crítica costume ignorar, por princípio, tudo o que de novo venha a surgir neste campo.

Faz mal, pois há excepções que confirmam a regra.

Luís Filipe Silva sabe perfeitamente que este género literário não se compadece com o atraso das nossas leituras. A FC vive essencialmente de um factor cumulativo, onde as novas criações vão acrescentar conceitos ao imenso manancial do nosso imaginário. João Aniceto e Isabel Cristina Pires, por exemplo, deixaram-se ficar num futuro próximo dos anos quarenta. Nas suas obras existem «explosores», «autómatos», «discos voadores», florestas em Vénus e atmosfera nas luas de Marte. Luís Filipe Silva está bem entre nós, mexe-se à vontade com os conceitos da nanotecnologia, ciberespaço, inteligências artificiais, telepresença e universos virtuais.

«O Futuro à Janela» prometia já qualquer coisa de bem diferente, se Luís Filipe Silva conseguisse libertar das influências mais directas. Com «A GalxMente», dividida em dois volumes por razões técnicas, todas as promessas foram cumpridas. Eis enfim em português um «space opera» pós-modernista, perfeitamente assumido e sem vergonha de o ser.

A divisão em dois volumes não beneficia o equilíbrio de uma obra que foi concebida para ser lida por inteiro.O arranque é lento e a narrativa só atinge a rapidez necessária precisamente quando termina o primeiro volume. Se a «Cidade da Carne» fosse um livro único, isto seria um defeito. Contudo, a apresentação do universo extremamente complexo dos Padrões e da GalxMente torna-se compreensível ao percebermos que o romance foi dividido ao meio só depois de ter sido escrito. Recomenda-se pois que o leitor espere pela saída do segundo volume, «Vinganças», para depois os poder apreciar por inteiro.

A nostalgia do corpo, da morte e da transcendência são as angústias dominantes deste space opera em dois volumes, a «GalxMente». Imagine o leitor um futuro tao distante que a totalidade da espécie humana trocou a prisão do corpo pela liberdade infinita de um Padrão Informático. As consciências individuais passaram a fazer parte do imenso «wetware» da GalxMente, uma superconsciência «colmeia» cuja rede informáica se espalha pela totalidade do sistema solar. Os Padrões, que guardam ainda um pouco dessa individualidade perdida, são imortais, pois podem ser copiados ou transmitidos de um planeta para o outro sem perda de informação. A Terra passou a ser um campo de jogos destes entes Nietzschianos. Constroem e destroem cidades, jardins, continentes. Servómatos comandados por telepresença entretêm-se a reproduzir a nata arquitectónica das antigas civilizações. E contudo, isso não basta. Os Padrões querem mais. Querem, por exemplo, saber o que é a morte. Se existe um outro céu além do céu virtual concebido pela GalxMente.

Para isso clonaram milhares de corpos humanos em cuvas de gestação. Corpos que habitam amiúde, transportando-se de um lado para o outro, como quem carrega uma mala de viagem cheia de carne congelada. Os Padrõe servem-se deles como se fossem um electrodoméstico barato, experimentando todos os seus limites através de um milhar de excessos sibaríticos (a não perder o banho do senador e o jantar dos jovens arrivistas) até por fim os descartarem, como quem se desfaz de um saco velho. Os Padrões são hedonistas com uma pontinha de sadismo à mistura. Prestam culto à mutilação e ao suicídio como forma de experimentarem, mesmo por procuração, um pouco desse prazer incompreensível que será o morrer para sempre.

Mas existem serpentes no éden, como é habitual acontecer em todas as utopias. Neste caso as serpentes são seres humanos, doentes e mutilados, sem possibilidade de ascender à imortalidade da GalxMente. Humanos que, ao saberem mortais, costumam criar obras de arte inolvidável. Esses humanos somos todos nós, vivendo num mundo que se assemelha ao final dos anos noventa, hipnotizados, drogados, vítimas de um universo virtual que aos poucos se vai desmoronando. «A Cidade da Carne» revela-nos o início do conflito entre os «mortais» que descobriram enfim os limites do mundo sintético onde foram encerrados, e um grupo de «Padrões» fascinados pela morte, principalmente quando essa morte, graças aos actos terroristas de uma série de humanos «despertos», é para sempre.

O segundo volume certamente nos dirá qual foi o resultado do conflito. Pelo que a «Cidade da Carne» deixa entrever, as conclusões poderão ser todas menos as mais óbvias.

Capa minimalista, perfeitamente horrível, que em nada defende a complexidade e riqueza do romance de Luís Filipe Silva. Já era altura de a Caminho mudar de tipo de capa ou, ainda melhor, de desenhador.

 

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14 Agosto 2016

Um pouco de Ferrante pela manhã. «Porque, bem vistas as coisas, que vêm a ser o rosto e a pele que cobrem a carne, senão uma cobertura, um disfarce, uma maquilhagem que mascara o horror insuportável da nossa natureza viva?», Os Dias do Abandono.

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13 Junho 2016

Outros recortes. Público de 16 de Julho de 1993. Mero anúncio do lançamento:

O seu livro «O Futuro à Janela» ganhou um prémio. Esta é uma obra «que forma o díptico "A GalxMente", desdobrando em dois tomos que se podem ler autonomamente. "Cidade da Carne" é o primeiro painel, completo como tal, deste empreendimento impressionante e por vezes cruel.»

Indicação ilegível, possivelmente do Jornal de Artes e Letras:

Vencedor do Prémio Caminho de Ficção Científica em 1991, Luís Filipe Silva confirma com este segundo livro as qualidades evidenciadas há cerca de dois anos. É uma escrita diferente de grande imaginação, que merece a atençãoda crítica e do público.

Primeiro de Janeiro, de 1 de Agosto de 1993:

«Cidade da Carne» - Ainda há relativamente pouco tempo a Caminho teve o ensejo (leia-se, arrojo) de editar uma primeira colectânea de textos de ficção científica de autores de língua portuguesa («O Atlântico tem duas margens» - antologia da novíssima ficção científica portuguesa e brasileira, vários autores, org. de José Manuel Morais, Caminho, 1993). Ficcionistas científicos brasileiros e portugueses viram assim algumas das suas criações literárias reunidas num voume, como que a provar que por cá também se produz tal «coisa» (o que lhe confere outra força, convenhamos). Nesse volume, figurava já o nome de Luis Filipe Silva com o conto «O Mundo Distante», o que fazia antever, a todos os títulos, as potencialidades de novos escritos nesta esteira. De imediato, o que pode acontecer ao ler-se este «GalxMente - I» designado «Cidade da Carne» é que, apesarde a história poder aqui se esgotar, fica a vontade de se ler o «GalxMente - II», que vai brevemente receber o nome de «Vinganças». Até lá, à espera...

Diário Regional - Aveiro de 16 de Julho de 1993.

«Maltow aterrou suavemente numa zona de gordura, preparada para o efeito. Elas aterraram ao lado dele, viraram-no e começaram a empurrá-lo lentamente pela superfície da pele. Maltou cerrou os olhos. Um coração possante batia com força, algures nas profundezas da piscina.» Nos livrinhos de bolso da «Caminho», mais um volume assinado por um escritor português e dedicado à ficção científica. «A GalxMente» é constituída por dois tomos que se podem ler autonomamente. «Cidade da Carne» é o primeiro desses tomos e assinala, de facto, uma obra considerável no panorama da recente literatura portuguesa.

(A repetição de termos deveu-se certamente aos comentários presentes na nota de imprensa da editora, para assinalar o lançamento, e que os comentadores terão reproduzido.)

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11 Junho 2016

Por ocasião do lançamento da Cidade da Carne, surgiu um conjunto interessante de críticas em jornais - nenhuma delas online - que, pela ocasião do relançamento, lembrei-me de começar a transcrever. Os jovens não saberão, mas houve um tempo em que os jornais eram lidos, eram relevantes, originavam debates virais e, com certos suplementos, convidavam ao arquivo.

O primeiro é do Diário do Alentejo, do dia 3 de Setembro de 1993. Os negritos estão no texto original.

Com os seus lexemas e estruturas sintáctico-estilísticas, seu jogo de significantes e significados, a língua materna é a grande medianeira onde o espírito dá réplica ao real ou, neste caso, ao transreal, porque a palavra ao mesmo tempo grava e transforma, encruzilhada do passado e do «futuro», do social e do individual, dos mitos de uma ideia que se «projecta», e de uma metáfora que se funde com a nebulosa, onde o homem entra quando pretende encontrar sentido para as coisas.

«Quando da publicação de O Futuro à Janela (Prémio Caminho 1991), a crítica foi unânime em salientar que Luís Filipe Silva constituía, pelo menos, uma nítida promessa. Pois a promessa aqui está neste livro A GalxMente, desdobrado em dois tomos que se podem ler autonomamente. A Cidade da Carne é o primeiro painel, completo como tal, deste empreendimento impressionante e por vezes cruel.»

Uma cidade de máquinas e para máquinas ou, melhor paramáquinas quer de métodos de controlo (bio-feedback, etc) quer de um sistema de diálogos psicanalíticos.

Talvez que este futuro ou este viver no futuro mais não seja que uma explicação do normal, quer dizer os meios electrónicos permitem quantificar o comportamento social.

Há no texto uma lógica - o que me parece importante.

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29 Maio 2016

Demorou cerca de 18 meses, a tecelagem desta novela, cujo título áspero ao paladar emergiu da biografia ficcionada de um dos muitos autores de Ficção Científica que Portugal nunca teve (sendo de longa data a inclinação para inventar mundos em que a cultura lusitana reluzia de volumosos tomos de aventuras espaciais e futuristas com referências bibliográficas a um passado de revistas e tertúlias, em jeito de oposição passiva ao mundanismo flatulento da vasta maioria da nossa presente literatura – treino que veio a dar frutos neste outro projecto) e cujo enredo se revelou na primeira linha de um texto que foi preciso iniciar para retirar o título incómodo do pensamento – a linha onde nasceu a Cidade da Carne, toda a sua ascenção e queda. Há livros que se oferecem como uma manhã primaveril, falam de promessas e percursos. Parti-lo a meio foi uma vicissitude necessária, embora talvez entregue com pouca luta. Sem dúvida que contribuiu para fazer de 1993 o ano da FC portuguesa, que entretanto o tempo decorrido já devia ter suplantado. Entretanto, houve quem recensionasse o(s) livro(s), entre eles o João Barreiros com uma crítica inolvidável no Público (quando ainda era possível falar de livros em jornais e criar impacto na comunidade). Houve quem propusesse a sua tradução para inglês, ideia que não avançou. Acabou obviamente por desfazer-se no ar, destino inevitável para as pequenas edições da História, que talvez uma atempada dedicação (fé?) por parte do autor no ofício tivesse salvado. Entre promessas e tentativas de reedição, vinte e três anos decorreram até surgir a oportunidade – mas ei-la, finalmente, recuperada literalmente das cinzas, com uma capa distante do minimalismo da edição original, e inteira. Ininterrupta. Imagem tardia do livro que teria existido no final do século XX? Em grande parte, sim, excepto na percepção entretanto ganha de que andrajava imperfeitamente, frases confusas e laivos de ingenuidade (juvenil?) à mistura com plot points e twists of fate que lhe dão osso e carne. Na separação dos siameses, foi preciso costurar remendos ao final do Cidade da Carne e ao início do Vinganças – além de frases dispersas de contextualização -, que o historial veio revelar insuficiente por parte de quem leu na sequência inversa. Aqui fez-se o contrário, mas um dos remendos foi mantido, porque o livro ficaria mais pobre sem ele. Incluiram-se outras explicações e voltas de sentido, o mais contidas possível para não estragar o conjunto: não cabe aos (semi-)velhos opinar sobre os jovens nem contrariar-lhes a ambição. O livro ficou mais aprumado, mas mantém imperfeições e (se os tiver) todos os êxitos que, para bem ou para o mal, são próprios da sua natureza... excepto num pormenor muito subtil que deixarei para quem se interessa por dissecação narrativa.

Não podia, contudo, nascer de parto sem dor, e novamente, onde há sorrisos existem lágrimas: foi publicado o livro sob a égide de um ateliê de auto-edição, que o juízo apressado confunde com uma vanity press. Mas aqui comparamos formigas com baratas: as primeiras, obreiras, constroem sozinhas e com bastante esforço um habitat complexo, colectivo; as segundas, escondem-se, furtivas, espalhando doenças, contaminando, fingindo o que não são, proibindo (há quem diga quem lá publicou) de contar o que acontece atrás da porta fechada. Note-se que detalhar pacotes de serviços base e respectivo preçário é uma tentativa de caminhar para a luz, ao mesmo tempo que expõe a triste realidade de um mercado onde há mais autores que leitores, e os leitores que há correm para a escrita importada, vazio de oficinas de escrita profissionais e de uma verdadeira cultura de massa na qual o povo se reveja. Embora também seja necessário ressalvar que, quando se professa a doutrina de pecadores, escolher batina branca não garante absolvição do pecado original, pois o mero uso da batina arrisca-se a ofuscar as melhores das intenções - não se confunda este enquadramento com uma defesa da prática, como um todo.

Assim sendo, e por decisão editorial, o livro dificilmente se encontrará por acaso no mundo das pessoas, embora exista, e possa ser encomendado, apreciado, via mundo dos dedos (vulgo: digital). Deixo-vos com a sinopse oficial e as tais ligações para ir ao seu encontro, quais mapas de tesouros há muito por descobrir.

É dia de Festival na Cidade da Carne. Vindos do espaço virtual da GalxMente, milhares de Padrões escolhem corpos para encarnar e apreciar os imensos prazeres do mundo físico, discutir arte, assistir ao espectáculo de encerramento com os artistas humanos por eles concebidos. Estes artistas nasceram com doenças e deformidades propositadas, para falarem da morte e da angústia existencial - sensações negadas, e portanto cobiçadas, pela sociedade de imortais. Com sorte, talvez um artista morra em palco para deleite dos seus criadores… Acrescente-se a ameaça de ataque por um grupo de rebeldes, também humanos, com real perigo físico, e tudo se conjuga para uma experiência única e um dia inesquecível. Um dia que promete ficar na memória da GalxMente e fazer ascender os organizadores em estatuto pessoal.

Mas algo podre e funesto cresce nesta sociedade perfeita… E, ao terminar o dia, a GalxMente defrontará uma revelação capaz de abalar os seus princípios, que a vai conduzir numa guerra devastadora contra inimigos internos e externos.

Wook / Bertrand / Bulhosa / Fnac

 

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05 Março 2016

Uma Questão Pertinente. Por exemplo:

One implication of rocket propulsion is that there will be relatively long periods during which Newtonian physics govern the motions of dogfighting spacecraft, punctuated by relatively short periods of maneuvering. Another is that combat in orbit would be very different from combat in "deep space," which is what you probably think of as how space combat should be – where a spacecraft thrusts one way, and then keeps going that way forever. No, around a planet, the tactical advantage in a battle would be determined by orbit dynamics: which ship is in a lower (and faster) orbit than which; who has a circular orbit and who has gone for an ellipse; relative rendezvous trajectories that look like winding spirals rather than straight lines.

A verdade é que todas estas considerações acabam por ser demoradas e dispendiosas, como qualquer combate com tropas no terreno. É bastante mais simples encaminhar uma série de asteróides massivos contra o planeta-mãe para destruir a civilização e a ecologia e aguardar que os soldados inimigos em órbita enfraqueçam ou morram pela falta de recursos orgânicos. Os asteróides são arautos perfeitos da destruição: implacáveis pela força bruta da mecânica celeste, inamovíveis sem tecnologia e energia adequadas, e indestrutíveis para todos os efeitos pois, se lançados em número suficiente, uma percentagem devastadora acabará por atravessar qualquer defesa que seja montada. Além de constituirem uma perfeita arma de guerra psicológica, cavaleiros do dia do Juízo Final. Vêm as possibilidades dramáticas? E ainda se diz mal do genocídio...

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28 Outubro 2015

Há Males Que Vêem Por Bem.  O anúncio de mais um capítulo na saga infantil Guerra das Estrelas (que mais adequadamente se devia ter vertido em «Guerra nas Estrelas») faz rodar por instantes o foco do projector na direcção de um género literário, ora incompreendido ora (é bom admitir) auto-inconsistente, mas (berre-se a todo o vapor) em crescente e lamentável ausência dos escaparates físicos e virtuais dos pontos de venda e dos catálogos editoriais (os quais revelam uma crise de afirmação ainda mais profunda do que a do país nos últimos anos). O foco do projector roda e ilumina textos como este - que, em defesa e enaltecimento da jornalista, procura ser educativo, abrangente e cativante, permeado de hiperligações para autores e obras que, acabamos por descobrir, não se encontram traduzidos para a mátria língua (lamente-se um pouco mais a dita ausência). De nossa parte fica o alerta do João Seixas, que «de ficção cientifica, Star Wars tem pouco», o que já é ser generoso. O que teve (e tem) foi uma capacidade de visualização dos temas familiares da literatura em causa, que sem dúvida impressionam (e impressionaram) as mentes mais jovens - em ecrãs gigantes, muito antes do 3D e dos sistemas Dolby Surround, quando era preciso avisar os pais a partir de telefones fixos de que íamos ao cinema e andar com uma biblioteca no bolso era uma ideia insana que nenhum futurista sério se atreveria a propor publicamente. Outros tempos pedem outras tecnologias, e não há blockbuster sem CGI nem lançamento sem respectiva nuvem de apps e outros artefactos informáticos e honras (pagas, desconfiamos) de telejornal. A nossa proposta é simples: não voltem para casa logo após a festa. A verdadeira descoberta começa depois.

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