Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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12 Maio 2008

LIVROS À MEDIDA? A ideia é um pouco mais sofisticada: soluções à medida para a indústria do livro. A aposta inovadora dos Booktailors (no meu humilde entendimento) pretende assim trazer conhecimento especializado e abordagens diferenciadoras por uma equipa de especialistas, ajudando o editor a desempenhar a sua actividade e disponibilizando-lhe a informação necessária para tomar decisões de negócio fundamentadas. Serão nesse sentido dos poucos consultores profissionais da indústria do livro a actuar junto das nossas editoras, com conhecimento do mercado, e, factor essencial, gosto pela literatura. Foi com satisfação que vi a empresa surgir, pois a mera existência e viabilidade deste modelo de negócio é um dos indícios mais importantes da profissionalização do sector editorial português. A equipa mantém um blogue interessantíssimo, capaz de suscitar comentários e participação. Por algum motivo (decerto insanidade...), consideraram um dos meus comentários de qualidade suficiente para ser transposto para a página principal, honra que agradeço imensamente. É uma das minhas chamadas de atenção para os modelos de divulgação por internet que se encontram a ser utilizados pelos nossos compadres editoriais norte-americanos, sempre atentos à melhor forma de aproveitar meios de comunicação baratos ao nosso dispor. Algo que abra um pouco mais a porta das nossas mentalidades ainda demasiado empoeiradas e tacanhas.

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11 Maio 2008

E NÃO SE TRATA PROPRIAMENTE DE SINCRONICIDADE (ver post anterior), porque, enquanto grande defensor da liberdade da informação e da disseminação de ideias, Cory acabou de disponibilizar, outra vez gratuitamente, o conteúdo integral do seu romance juvenil Little Brother, um apelo ao individualismo e à liberdade de movimentação aos jovens numa sociedade tecnocontrolada. A mensagem é importante, e embora não tenha ainda tido oportunidade de apreciar a obra, é imprescindível comece a surgir numa fase em que a tecnologia de vigilância não seja ainda ubíqua. Encontramo-nos todos embevecidos com o deslumbramento da internet, que nos esquecemos (e as gerações mais velhas são particularmente culpáveis) de que, há apenas vinte anos, a maioria da informação hoje disponível em poucos segundos só conseguiria ser obtida pelo acesso, por vezes complicado, a enciclopédias e manuais de referência e bibliotecas, e que poucas décadas antes as pessoas incorriam em risco físico se proferissem ideias que não agradavam ao regime de então. A natureza humana não mudará tão facilmente, no sentido de quem estiver no poder não estar na disposição de cedê-lo sem luta. Se dantes era possível trocar palavras de revolta numa esquina, num bar, na privacidade do lar, era por não existirem microfones nem telemóveis nem câmaras dissimuladas nem sistemas de interpretação automática de contextos. Será cada vez mais difícil, a partir de agora. Com uma enorme economia de mão-de-obra, apenas com um conjunto de processadores ligados em rede e muita memória (uma arquitectura técnica cada vez mais barata e conveniente), a hipervigilância não só é uma realidade possível como começa a concretizar-se dissimuladamente em tudo o que nos rodeia - não apenas na consciência dos cartões electrónicos de identidade e de pagamento/crédito, como nos dispositivos identificadores imbutidos nas nossas roupas (os RFID), elaborados com o objectivo de controlar processos de fabrico ao pormenor mas que ultimamente poderão servir os propósitos de governos demasiado ansiosos. Lembrem-se: num regime tecnofascista ninguém vos ouvirá gritar.

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