Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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18 Setembro 2008

O Decano da Ficção Científica Brasileira não se encontra publicado em Portugal (observação corroborada pelo indispensável Bibliowiki). André Carneiro, nascido em 1922 e autor de diversos contos, ensaios e romances do género, bem como poesia e outros géneros, teve honras de selecção pelo Brian Aldiss quando elaborou uma antologia representativa da Ficção Científica mundial, além de outras participações, e foi possivelmente o autor que mais se destacou da chamada geração Gumercindo Rocha Dorea, editor que nos anos 60 contribuiu para o que actualmente se denomina pela Primeira Onda da FC Brasileira (a respeito da importância dos editores e das colecções no pós-guerra como contributo indispensável para a existência de uma literatura do género nos dias actuais cf a minha introdução ao Por Universos Nunca Dantes Navegados). Aqui numa rara participação online, em conversa com Roberto de Sousa Causo, editor, e autor, e que recentemente incluiu um dos contos de Carneiro na antologia Os Melhores Contos Brasileiros de Ficção Cientifica (Devir). Entrevista gravada em 2004. (Fonte)

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16 Setembro 2008

Um Interessante, e em Certos Momentos, Perspicaz artigo em duas partes sobre a morte anunciada da Ficção Científica. Não uma peça deprimente nem lamurienta como é costume fazer-se, mas argumentada e fundamentada. O desaparecimento da FC das estantes e substituição por sagas de fantasia com forte pendor telenovelístico está, parece-me, também muito ligado com a falta de interesse pelo futuro ou pelo menos com o descarrilamento que há cerca de uma década sofremos na história comum da nossa sociedade. Se nos anos 50 sonhava-se com a certeza de chegar-se à Lua e colonizar as estrelas, esse sonho amadureceu e gastou-se, quando se percebeu que é afinal mais difícil do que isso. Descobrimos que somos crianças impossibilitadas de sair de casa dos pais por falta de meios, e tivemos assim de encontrar o nosso espaço. E agora não sabemos qual é a nossa história, para que sociedade nos dirigimos. Sem falar no facto de o antigo sonho espacial ser predominantemente branco, masculino e católico-protestante, e por essa razão rejeitado pelos restantes corpos sociais que entretanto começaram a ganhar terreno. O tema não se esgota nestes breves comentários - contudo, o próprio artigo fica aquém do que deveria ser a sua missão, porque nestas questões de sobrevivência do género creio que é importante impôr-se uma Missão: estabelecer passos, sugestões e formas de proceder ao salvamento urgente.

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