Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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29 Março 2010

Referência Para Autores: dez anos de construção da Estação Espacial Internacional. Tanto tempo como o previsto para o projecto do TGV nacional, e mais barata e útil para a Humanidade, mas não fica tão vistosa nos comícios.

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27 Março 2010

É Inegável Afirmar Que Por Detrás desta mostra reside uma paixão imensa. Não se coleccionam revistas antigas, de fabrico artesanal e pouco polido; nem folhetos de encontros breves, idos no tempo, cujos pormenores já não serão sequer recordados pelos participantes; nem exemplares de edições baratas com autores desconhecidos e capas aberrantes, daqueles que não brilham nas prateleiras nem assombram convidados – não se faz isto sem uma devoção imensa. Uma devoção que resiste ao desgaste. Uma devoção como a de outros fãs, espalhados pelo mundo e pelas décadas, que certamente encontrariam aqui um espelho da sua própria condição. Existe esta condição solitária, insana, que por algum motivo nos une. Esta vontade, universal entre o grupo bizarro de pessoas supostamente crescidas que decidiram dedicar anos de vida à Ficção Científica. Aprecia-se a montra, e a vontade do guardar memória contra a decadência e a entropia é o tom predominante. Adivinha-se o cheiro a mofo, o toque áspero do papel envelhecido, os cantos dobrados, as cicatrizes amarelas da idade. Tudo isto é perfeitamente compreensível. Tudo isto nos faz voltar para descobrir a nova página da exposição em curso. E no entanto, estranha-se o silêncio. Que nenhuma das apresentações individuais traga informação de contexto, nem histórias da sua descoberta, nem o ambiente da sua aquisição. Apresentadas assim, solitárias no enquadramento de uma página, como testemunhas de não mais que a sua própria existência. De certo modo, há uma validade em descobri-las virgens, e procurar encaixar num puzzle complexo de referências culturais e indicações editoriais cada uma destas pétalas oferecidas, tendo como desafio obter a imagem total. Mas um retrato sem pormenores não fala de vida, fala de morte. Estranha-se – mas porque é uma opção, entristece-nos principalmente. Talvez a cifra esteja afinal escondida na singela obra de capa amarela, irreverente e ambiciosa e esquecida como qualquer glória de antanho. Talvez nela estejam todas as referências, todos os contextos, qual apêndice das imagens mostradas ou, quiçá, a obra principal que as antecede. Como as paixões imensas, as paixões caladas, como a história da nossa FC.

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