Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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18 Abril 2010

Uma Colecção de Referências e acontecimentos dos últimos quinze dias:
  • Descobrir Novos Autores é uma exposição que decorre até ao final de Abril na Associação Académica da Amadora, Portugal, dedicada à apresentação de vários jovens autores do Fantástico nacional, com organização de Rafael Loureiro;
  • Safaa Dib apresenta-nos um George Martin do antigamente e relembra-nos um dos melhores contos de Shirley Jackson, e logo a seguir comenta com pertinência sobre a evolução da indústria livreira em Portugal
  • Breve comentário sobre FC no Diário de Notícias
  • O novo formato da Bang! é mencionado no Diário de Notícias, logo seguido de novidades por João Seixas
  • Coincidente com o lançamento de Se Acordar Antes de Morrer, de João Barreiros, nova publicação online pela Livros de Areia da noveleta «Disney no Céu Entre os Dumbos», inicialmente publicada pela E-nigma.
  • Os livros da semana por Cristina Alves, que também critica a colectânea de Barreiros acima mencionada (parte I e II).
  • O Evangelho do Enforcado está a dar que falar; eis uma entrevista ao autor, David Soares.
  • Dino Buzatti no JL, jornal que este mês dedicou bastante tempo de antena à Ficção Científica.
  • Terão os Apple In Stereo efectivamente tempero de Ficção Científica? A Sound + Vision pensa que sim.
  • A Tor, editora norte-americana de FC com algum relevo, merece destaque num artigo do Economist publicado pelo Expresso sobre edições electrónicas
  • Alguns dos melhores romances de 2009 na nossa vizinha Espanha; confiram também a lista de contos

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14 Abril 2010

Não Se Trata De Destaque o facto de colocar aqui excepcionalmente um apontamento para a tristeza anónima do primeiro da sequência de comentários (e efectivamente, se é para alvitrar tristezas em público, então que sejam anónimas) mas aproveitar a ocasião e o exemplo (pois com tanto anonimato escreveu-se precisamente onde se queria lido) e mostrar-vos que também no meio irrisório e patético da FC nacional se encontra este tipo de triste gente. E se bem triste é esta triste gente, tanto mais triste se torna por nutrir invejas ou ressentimentos no patético e irrisório meio da FC nacional.

Este meio não vai habitualmente à televisão, não entra nas Correntes de Escritas nem Literaturas em Viagem, não faz telenovelas nem é convidado a escrever colunas insossas para os semanário da praça ao preço do diamante; e se integra colunas de revistas ou jornais nacionais é no papel do totó da aldeia, que vem falar de totozices para os demais totós, que é para não se sentirem excluidos da compra dos ditos jornais e revistas. Alguma vez o totó  participa no debate do que Realmente Interessa à gente da Literatura? Alguma vez o totó opina sobre os Bolaños de ocasião e ajuda a encher os bolsos e egos de todos os penduras locais das modas ditadas por Nova Iorque? Até diz que não quer, que não precisa, agarrado a uma pretensa marginalidade de um género que torna milionária muita boa gente lá fora.

Mas depois depara-se com a triste gente e vira rei. Afinal, só um rei tem seguidores e ressabiados. E se os seguidores podem ser mais ou menos fieis, a verdade é que os ressabiados são do público mais atento que existe. Escutam todas as palavras, decifram os significados escondidos de cada semântica, vão aos dicionários conferir ortografia e aos compêndios validar a gramática. À procura daquela falha, desta escorregadela, dessa incongruência. São o público dedicado que o país não tem, que a cultura não permite. É imaginá-los horas e anos e vida e energia dedicados a esta senda. É imaginá-los a fumegar ante afirmações certeiras, quais caniches de Pavlov - dá-se-lhes um choque eléctrico e saltitam no ar, a latir, irritadiços, com a cauda curta chamuscada, daquela forma pequenina e divertida que lhes é tão própria. Auf, auf, auf!

No final, o que fica? A validação de um estrelato, o orgulho de pertencer à douta companhia dos demais mencionados no fôlego, e o divertimento secreto de notar que, com tanto anonimato apregoado, esqueceram-se que a forma pessoal da escrita, meus caros, é cá uma linguaruda...

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