Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


Encontra-se em modo de artigo. Para ver as outras entradas vá para a Página Inicial ou Arquivo, no menu da direita.

14 Maio 2012

Uma Sensação de Desalento Há Mais de 40 Anos, ou, Então, Como Agora:

Infelizmente, o acanhado meio editorial do nosso país não permite grandes esperanças de profissionalização e os escritores, ou nascem em berço de ouro e podem dedicar-se inteiramente à sua vocação ou não têm essa sorte e são obrigados a um labor quotidiano após o qual, ou não têm tempo ou qualquer vontade, qualquer réstea de inspiração, se perdeu nessas horas de trabalho-sobrevivência. Daí, resulta necessariamente uma produção incerta - em qualidade,  não em quantidade, entenda-se.

Da introdução do organizador Lima Rodrigues ao conto «Destruição» de Hélia (Maria Helena Sotto Baptista Brito de Sousa), na antologia Terrestres e Estranhos (1968).

Contra-argumento apenas neste ponto: a incerteza da produção implica a inexistência de prazos, e logo de público, e por conseguinte de uma vivência diária, obcecada, com o discurso literário. É tão difícil, nestas circunstâncias, atingir a qualidade como a quantidade. Mas eis um debate interessante para futuras ocasiões.

(PS - o editor termina a referida introdução com o seguinte apontamento, o qual não deixa de ser desconfortável no contexto em que se insere: «É de suspense e terror o conto "Destruição" que dela apresentamos; e curto, como Hélia gosta. Não é de modo algum o seu melhor, mas raramente um coordenador de trabalhos deste género consegue o melhor de cada autor e nós não somos, infelizmente, excepção.»)

ACTUALIZAÇÃO 16-05-2012: O referido conto pode ser encontrado aqui.

[Link Permanente

12 Maio 2012

Já Se Encontra Disponível para leitura o número 12 da revista Bang!, que contém o meu texto sobre os livros de todas as vidas, «Rosebud», que é o engano de si mesmo. Destaque para os textos de Macedo, Soares e Seixas. Destaque também para o conto de Peter Watts, que seria um trabalho de excelência literária se tivesse usado o conto de Campbell como referência ao invés do filme de Carpenter.

Deixo uma errata: as legendas das capas dos livros na página 71 deveriam ser, para os Sonhos de Einstein: «Não passamos de um sonho do Tempo», para o Blade Runner: «Vi raios-c a brilhar no escuro junto ao portão de Tanhauser». E já agora, uma subtil revisão no verso de Cummings (p. 70): «(pois deus ama raparigas e o amanhã e a terra)».

[Link Permanente

Site integrante do
Ficção Científica e Fantasia em Português
Texto
Diminuir Tamanho
Aumentar Tamanho

Folhear
Página Inicial

Arquivo

Subscrever
Leitor universal