Conceito de Luís Filipe Silva

Ficção Científica, Fantástico, Surrealismo, Realismo Mágico, Terror, Horror, Ciberpunk e História Alternativa - e por vezes, se fôr de excelente qualidade, ainda fechamos os olhos a um certo Mainstream...

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Destaques |  02 Out 2007
Por Entre as Nuvens
Um dos mais prestigiados livros de 2004, O Atlas das Nuvens de David Mitchell (finalista do Booker Prize, do Nébula, do prémio Arthur C. Clarke, e vencedor, entre outros, do British Book Award for Literary Fiction), finalmente editado entre nós pela D. Quixote, é um exemplo magnífico da capacidade do romance (na sua acepção moderna) e da ficção em particular, de perspectivar narrativas enquanto simultâneamente vida (algo que decorre, algo que é presenciado) e memória (algo que se conta, no processo perdendo o detalhe e revelando o núcleo principal da história do passado). Neste livro, seis novelas contam seis histórias em épocas e lugares distintos, do século XIX ao distante futuro (duas das histórias são ficção científica declarada), cada qual incompleta, cada qual desenrolando-se no contexto das seguintes. Em jeito de peças de dominó cujos efeitos iniciais acabam por influenciar outras peças à distância com as quais não havia contacto directo, a não ser pelo ímpecto da causa/efeito acumulada (no livro retratada pelo Tempo e pelo acumular de histórias), as histórias misturam-se e crescem dentro de outras até formar um todo maior que a soma das partes, e como é habitual, o material promocional português não lhe faz juz: «Um viajante forçado a atravessar o oceano Pacífico em 1850; um jovem compositor deserdado, conquistando à força de tortuosas invenções um modo de vida precário num solar da Bélgica, entre a Primeira e a Segunda Grande Guerra; uma jornalista com princípios morais na Califórnia do governador Reagan; um editor menor fugindo aos seus credores mafiosos; o testamento de uma “criada de restaurante” geneticamente modificada, ditado na ala da morte; e Zachry, jovem ilhéu do Pacífico que assiste ao crepúsculo da Ciência e da Civilização: são os narradores de Atlas das Nuvens, que escutam ecos uns dos outros através dos corredores da história e vêem os seus destinos alterados de várias maneiras.» Não se deixem enganar pela capa. Efectivamente, é um livro a não perder.

(c) Luís Filipe Silva, 2003/2007. Não é permitida a reprodução não autorizada dos conteúdos.

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