Conceito de Luís Filipe Silva

Ficção Científica, Fantástico, Surrealismo, Realismo Mágico, Terror, Horror, Ciberpunk e História Alternativa - e por vezes, se fôr de excelente qualidade, ainda fechamos os olhos a um certo Mainstream...

[Conheça o Manifesto]


Nacional |  19 Mar 2010
Comei-Vos Uns Aos Outros (Acompanhado de Salada)
Sobre Guerra Mundial Z de Max Brooks, a editora afirma: «Trabalhando para a Comissão do Pós-Guera das Nações Unidas, Max Brooks teve acesso quase exclusivo aos arquitectos da vitória da Guerra Mundial Z. Se o relatório da ONU fornece um relato factual autorizado de tudo o que aconteceu, nesta obra, de um dos principais autores e investigadores que contribuíram para esse relatório, estão os testemunhos, feitos na primeira pessoa, dos que viveram o surto de epidemia/pandemia e que revelam o terrível custo humano deste conflito. Do doutor Kwng Jingshu, o médico chinês que examinou o “ Doente Zero”, a Paul Redeker, o muito controverso autor do Plano Laranja, Brooks falou com mais protagonistas fundamentais da guerra dos Zombies do que qualquer outra pessoa. Ao longo deste livro, o autor revela a extensão integral das transformações sociais e políticas a que o surto deu origem. A natureza perturbadora destes relatos exige ao leitor alguma coragem. Mas, como diz Brooks, não podemos esconder-nos por detrás das estatísticas entorpecedoras dos relatórios oficiais. Chegou a altura de encarar o verdadeiro horror que foi a guerra dos Zombies.» Max Brooks é filho do conhecido comediante norte-americano Mel Brooks e já tinha escrito o Plano de Sobrevivência aos Zombies, estranhamente mencionado na capa desta edição portuguesa da Gailivro, apesar de ainda não ter sido publicado em Portugal. A abordagem do romance consegue atingir uma dimensão épica, por apresentar cenas da invasão zombie por todo o globo e estar construída com base em pequenos excertos de memórias e entrevistas, como se fosse um documentário acelerado. Desde os momentos iniciais de suspeita à revelação atempada dos zombies, o livro mostra que Brooks aprendeu com a tradição cinéfila da família. Apenas poderíamos desejar que tivesse utilizado um tema menos patético que os zombies. Embora existam momentos de terror, a «zombiezação» é explicada como uma doença, uma epidemia viral ou algo semelhante. Crer que uma doença tornaria a carne resistente a bombas e ao fogo, a ponto de conseguir resistir ao ataque de soldados aquando da defesa de Nova Iorque, é esticar a suspensão do descrédito e tira algo da verosimilhança do livro. Ainda assim, é uma boa leitura, divertida e capaz de dar uma ideia minimamente sustentada do que seria uma verdadeira catástrofe zombie a nível mundial (continuamos a defender que os zombies procurariam assumir primeiramente cargos públicos, mas isso é outro tipo de histórias...) [trailer]

(c) Luís Filipe Silva, 2003/2007. Não é permitida a reprodução não autorizada dos conteúdos.

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