Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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08 Setembro 2006

EM DIRECTO, na RTP2 (chamem-lhe a Dois, se quiserem, para quem nasceu no século passado era a única alternativa à RTP1 e bons filmes de ficção científica e terror pulp costumava ter no momento de abertura, às 18.00 - sim, petizes, houve um tempo em que as emissões fechavam e não eram 24x7), o programa Câmara Clara debate, supostamente, o futuro após o 11 de Setembro. Ora, disto não se falou, do futuro muito menos, autores nem pensar (apenas uma reminiscência sobre um autor chamado Michel Houellebecq e que não se encontra no panteão de glória francês - Michel Jeury, Bordage, etc), e apenas de soslaio, por duas vezes, se notou o canto do Terrarium, como os restantes livros naquela mesa totalmente ignorado...

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03 Setembro 2006

DO FEMINISMO NA FC. Há quem lhe chame Chickpunk: heroínas duras e implacáveis cujas aventuras, escritas por autoras, têm lugar num ambiente ciberpunk. Chris Moriarty tem algumas palavras a dizer sobre o assunto, mas o pódio pertence às escritoras, obviamente, e às suas obras. Todas as identificadas na lista, de uma forma ou outra, produzem livros num ambiente mais pragmático, individualista e (se quiserem perpetuar o sexismo dos termos) «masculino»; não é por acaso que não encontramos uma Kelly Link, aqui, embora pessoalmente não creio que classificar os contos desta autora como determinantemente feministas lhe faça justiça.

Pretendendo apenas fazer uma chamada de atenção e não um manifesto ou um argumento coerente, nem pró nem contra a dita classificação das autoras mencionadas no artigo - essencialmente por falta de tempo e por haver fóruns mais apropriados que este -, não queria no entanto ressalvar dois aspectos que me soam demasiado ausentes do argumentos apresentados: primeiro, que uma protagonista principal («heroína») não necessita de ser «dura e implicável» para se mostrar forte - o mundo real e a literatura está cheio de exemplos de mulheres determinadas e fortes que não precisam de adoptar papéis tradicionalmente masculinos para o demonstrarem (apenas para mencionar dois exemplos menos conhecidos: Connie Willis e Karen Joy Fowler), e que poderiam perfeitamente encaixar-se nos mesmos géneros literários ou tipos de histórias; depois, que mais uma vez seja a propaganda da demagogia mais importante na apreciação de uma obra que o mero facto de estar bem escrita - decerto que um mau livro escrito por uma mulher, com protagonistas femininos, deverá ser colocado equiparadamente com um mau livro escrito por um homem e com protagonistas masculinos.

A única vantagem? Que as leitoras percam pruridos face a ler romances de géneros normalmente reservados aos homens (histórias com maior grau de tecnologia, de violência e política) e assim o mercado aumente (embora se a situação fosse a inversa não me imagino a começar a apreciar a Candace Bushnell...).

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