Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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08 Janeiro 2008

AS SOCIEDADES ALTERNATIVAS EM DEBATE. Foram ontem apresentadas na Faculdade de Ciências de Lisboa as primeiras observações de um estudo efectuado sobre o efeito das tecnologias modernas na definição de identidades alternativas. De acordo com a proposta inicial do projecto, a possibilidade de comunicação directa e instantânea entre pessoas distantes no espaço, quer pelos tradicionais meios de contacto quer pelos progressos recentes da tradução automática, estarão a criar grupos de interesses comuns que evoluem para verdadeiras e complexas sociedades virtuais, adoptando regras de conduta, linguagem, estratos sociais e inclusive, em exemplos mais sofisticados, leis e tributação fiscal das receitas auferidas no próprio espaço virtual, e fora dele. Representando na maioria dos casos, espaços alternativos de expressão pessoal, a taxa de aderência não se restringe a camadas mais jovens ou mais idosas, mas todos os níveis etários, nos quais se pode encontrar a gama completa de participantes: desde o pontual ou curioso, designado no meio por turista acidental, que investe pouco mais de um porcento do tempo disponível anualmente, aos ocupantes permanentes, que são capazes de investir noventa a cem porcento do tempo disponível, parando apenas para trabalhar e dormir. O que os motiva a esta existência paralela? Quase sempre a necessidade de obter controlo sobre as circunstâncias que os desagradam no mundo real, desde vicissitudes da fisionomia pessoal, falta de património financeiro, falta de iniciativa, à própria incapacidade de integração social e profissional. Por vezes, o desagrado face à organização e tecnocracia das sociedades modernas também conduz a que uma certa camada procure realização em terras de fantasia épica ou medieval, concebidas sobre parâmetros mais simples que as verdadeiras culturas históricas. Resultado da colaboração de docentes portugueses com congéneres da Faculté des Sciences et Techniques de Lille, o estudo observa ainda o crescimento de negócios do mundo real vocacionados para fornecer produtos e serviços exclusivamente vocacionados para cada uma destas sociedades, obviamente com contrapartidas financeiras em dinheiro concreto. [Agência Nacional de Notícias, 08.01.2011]

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07 Janeiro 2008

NAVEGAÇÃO VIRTUAL DESSINCRONIZADA CAUSA PROVÁVEL DE ACIDENTE FATAL? O sistema de vigilância da Segurança Civil registou a ocorrência junto da vila de Tortosendo de um acidente com um veículo ligeiro pelas 23h42 de ontem, causando a morte a dois dos quatro ocupantes. O automóvel seguia pela estrada de ligação à Covilhã e despistou-se a cinco quilómetros de saída da vila, ao não acompanhar o início de uma curva, sendo projectado para fora da via e acabando por embater no muro de resguardo de uma moradia desocupada. De acordo com o relatório oficial divulgado, a capacidade de protecção do habitáculo interno do carro ficou comprometida pela elevada velocidade em que este seguia, causando ferimentos graves nos ocupantes, que se tornariam fatais para dois deles antes da chegada da equipa de socorro. O relatório salienta que, dadas as condições atmosféricas de elevada pluviosidade e nevoeiro, bem como as condições impróprias do terreno, havia um nível médio-elevado de risco na velocidade em que o veículo prosseguia, e que o condutor terá sido avisado dos perigos inerentes pelo computador de bordo. Contudo, também ressalva que há indicações na caixa-negra de que avançariam guiados pela condução virtual, a qual se encontrava suportada por um sistema avançado de projecção dos limites da estrada no vidro dianteiro, complementando a baixa visibilidade e aumentando a segurança da rapidez da marcha. Entre as explicações possíveis para o acidente, tendo sido excluída a falha mecânica e encontrando-se em avaliação por médicos legistas a causa humana, verifica-se a preocupante possibilidade de haver uma maior margem de erro para a projecção virtual do caminho do que indicada pelo fabricante, fazendo supor ao condutor que a curva em causa se situaria mais distante do que efectivamente estava. Esta possibilidade está a ser ponderada pela imprensa, e pela família das vítimas, que anunciaram estarem a considerar um processo contra os fabricantes do sistema de condução virtual. [Agência Nacional de Notícias, 7.01.2017]

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