Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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20 Julho 2009

And Now For Something Completely Similar. Reportagens sobre a Lua dos diferentes senhores e senhoras da Ficção Científica:

Há mais. Vão ver.

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20 Julho 2009

Pai, Que Horas São Na Lua? O relógio recomeça, filho, o relógio recomeça.

Vivemos na presença de uma dezena de homens (infelizmente nenhuma mulher) que colocaram os pés noutro planeta. Ainda que fosse por motivos egoístas de índole política (alguma vez se conseguiu algo sem ser por motivos egoistas? O que julgam que foram os Descobrimentos?). Realizado por um pequeno grupo de pessoas (comparativamente aos milhares de milhões que éramos e agora somos mais). Pessoas munidas de computadores básicos e muito engenho matemático. Enquanto espécie adoramos o espírito de equipa. Fomos, e ainda mais milagroso, voltámos, incólumes (a grande tragédia do programa Apollo aconteceu em Terra). Eis algo que os nossos netos não conhecerão. Somos a geração que não precisa de deuses para rasgar os céus.

Hoje muitos olhos vão estar postos no passado. Vão utilizar a tecnologia para reviver, passo a passo, os minutos daquele acontecimento extraordinário. Vão aguardar pela EVA de Neil Armstrong, vão pedir-lhe que pouse fisicamente no terreno. Duvido que os astronautas conseguissem resistir a sair da cápsula. É patente a emoção que os domina na singela frase «Tranquility Base here, the Eagle has landed». Aldrin descreveria a Lua com outra tirada de mestre, a Desolação Magnífica. Quando a ocasião assim inspira, todos nos tornamos em poetas.

O sempre inovador João Seixas lançou um desafio para contribuições relativas ao tema, que se encontra a publicar no blogue, a um ritmo moderado. Leiam a do António de Macedo e as do próprio João, sendo que daqui a pouco o João Barreiros entrará em cena com outro conto de mestre. Enquanto não chega, e se estiverem interessados, podem ficar a conhecer a minha modesta participação, escrita durante este fim-de-semana. Não sei que outros textos nos aguardam, neste formato que consiste, em si mesmo, num canal muito particular, muito pessoal, uma janela sobre o passado. Não estivemos lá, mas a verdade é que ainda lá estamos.

Ninguém melhor para exprimir a Desolação Magnífica do que os Pink Floyd, nesta gravação que capta a desgarrada emitida em directo pela BBC, na noite do evento. Que possa trazer alguma paz a (mais) uma celeuma que assolou a comunidade portuguesa de fantástico nos últimos dias, potenciada pelo imediatismo da internet como o restolho seco potencia os incêndios florestais. Apesar de tudo o que foi dito, é o silêncio que irá revelar onde se situam os interesses, como sempre tem revelado. Neste caso, e de forma muito explícita, o silêncio sobre o presente feito, sobre o aniversário, sobre um sonho ao mesmo tempo realizado e impedido. Nenhum verdadeiro apreciador de Ficção Científica lhe fica indiferente - não é um dogma mas uma constatação quase genética. Do outro lado, nenhum verdadeiro apreciador de Fantasia lhe confere igual fascínio - não é um juízo de valor, mas um assumir de postura. Somos água e azeite, semelhantes na nossa forma líquida mas de difícil convívio. Eis a nossa natureza. Isso nos cria. Isso nos destroi.

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