Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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26 Setembro 2009

Nestes Tempos Que Nos Querem Fazer Crer são de Bolaño, eis um movimento que passará certamente ao lado de muitos leitores, como bem diz a Safaa. Como alguns, soçobrei ao calhamaço da versão inglesa muito antes da edição da Quetzal, mas repousa algures na minha biblioteca, à espera, enquanto lhe passaram à frente outros tijolos, como Drood e O Nome do Vento. De todos os comentários lidos (e este, de Jonatham Lethem, que como bom ex-autor de FC, não resiste a fazer comparações com os grandes do nosso género), o do David Soares será sem dúvida o mais provocatório: «(...) acho fantástico que livros como o "2666" sejam publicados nestes tempos do sintético e do instantâneo. Talvez uma forma de influenciar as pessoas a lê-los seja dizer-lhes que são anuários da Twitter: assim, se elas observarem os milhares de páginas como sendo uma sucessão de vários "quanta" de 140 caracteres ainda serão capazes de se esforçar e retirar algum prazer do acto da leitura.» Resta-nos a consolação de que, apesar de o impacto ecológico desta obra se poder comparar ao do último Dan Brown, estamos a sacrificar árvores por algo melhor.

(Este tencionava ser um post inspirado sobre os poetas da auto-destruição e como são patéticos, ao descobrir que a doença hepática que vitimou o autor se deveu ao consumo da heroína. Percebem, se efectivamente os marginais, os pobres, os assolados pelo mundo serão os nossos melhores comentadores, se de facto é preciso sair da sociedade para poder tecer considerações sobre a natureza desta, ou se esta visão poética é na sua essência ridícula, pois a exclusão é feita e imposta pelo próprio, ninguém o afasta, ninguém o condena, e o que pareceria poesia é na verdade cobardia, fracasso e fraqueza. E se nesta óptima, Bolaño merecerá a conotação de grande autor quando parecia ser uma pessoa tão pequena. Era para ser um post destes, mas depois descobri que talvez houvesse dúvidas sobre o uso da heroína, que a doença tivesse causas naturais, e a argumentação retraiu-se, aguardando outra ocasião. Quem sabe, talvez um dia escreva um post sobre o Jorge Palma.)

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22 Setembro 2009

Um Anúncio Pelo Qual Aguardavam apresenta muito sumariamente os escolhidos para a antologia Pulp Fiction à Portuguesa - eis os escolhidos para participar na antologia, na ordem em que surgirão:
  • A Expedição dos Mortos (ex-Necronomicon)
  • A Ilha
  • Pena de Papagaio
  • O Tenebroso Mistério da Vila dos Pescadores
  • Horror em Sangue de Cristo
  • O Inconsciente
  • O Segundo Sol
  • Crónica de um Pirata por um Dia
  • Valente
  • O Lamento dos Mortos
  • Mundo Fatal
  • Noites Brancas
  • Pirâmide do Apocalipse

Nestes contos serão encaixados os textos dos autores convidados. A escolha de 13 contos de submissão livre, e não a dezena anunciada inicialmente, só foi possível devido à aposta numa antologia de substância (mas não excessiva) e à qualidade das ficções aqui apresentadas. E isto só teria sido possível numa editora como a Saída de Emergência, das poucas a apostar em projectos diferentes e de qualidade em língua portuguesa (e atenção que não me pagam para dizer isto...).

Agradecemos a todos a vossa disponibilidade e paciência para esta viagem. Agora só falta lançar o barco.

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