Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


Encontra-se em modo de artigo. Para ver as outras entradas vá para a Página Inicial ou Arquivo, no menu da direita.

27 Dezembro 2010

Efemérides de 2010 (I). Ter descoberto que as palavras mais bonitas da língua portuguesa não são Amo-te nem É um menino nem sequer Vamos de viagem, mas simplesmente Não é maligno.

(Esta tem o condão de calar conversas. O respeitinho que temos por estas coisas...)

(Aconselho-vos entretanto o excelente livro abaixo, que apresenta uma nova - e a meu ver, extremamente acertada - visão sobre as interacções vírus-hospedeiros ao longo dos milénios, e como ainda estamos no início de entendermos a complexidade do nosso património genético. Repleto de boas ideias para o entusiasta de FC)

[Link Permanente

26 Dezembro 2010

Noite De Consoada e o meu router fez-me o favor de se juntar aos anjinhos sem aviso prévio. Onde encontrar um novo router àquelas horas insanas? Quem, na urbe fria, daria abrigo a um pobre viciado em internet à procura do último twitter inútil? Como poderia ele manter contacto com os outros coitados sem vida real? Quantas milhas e nevões e casas na pradaria e corcéis velozes e saloons e copos de palheto percorreria o vingador cansado, até... aham. Pois, ainda tinha o modem. Resmungando pelo desconforto de ter de sentar-se num lugar fixo, ao invés de poder sentar-se na casa onde bem lhe apetecia. A privação tecnológica é uma coisa tramada. A idade, também.

Ainda se fala em cloud computing e descentralização dos dados. Sem uma cópia offline actualizada em tempo real, sempre queria ver quantos negócios se poderão manter vivos ante uma quebra generalizada das comunicações. O que implica custos, se não duplicados, no mínimo acrescidos, para manter, quer cópia quer original. Cheira-me que o cloud computing é mais uma bolha à espera de rebentar, e que alguns grandes negócios serão levados na enxurrada...

Por outro lado, escreve-se demasiada FC em que a tecnologia funciona sem falhas. Como se a nossa experiência não fosse outra. Falta uma visão de uma tecno-ecologia, de máquinas com auto-diagnóstico e auto-reparação, de uma forma tão básica e desapercebida que nunca notaríamos que tinham estado avariadas. E de tempos a tempos, uma quebra sistémica anunciaria a morte do mecanismo. Empregaríamos então os termos «doente», «obstipado», «falecido» aos nossos electrodomésticos com justificada legitimidade. Sentiríamos genuína pena e perda. Uma ponderação que deixo a todos vós, caros escritores.

[Link Permanente

Site integrante do
Ficção Científica e Fantasia em Português
Texto
Diminuir Tamanho
Aumentar Tamanho

Folhear
Página Inicial

Arquivo

Subscrever
Leitor universal