Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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22 Agosto 2006

SERÁ QUE É DESTA? Entreguei finalmente a tradução do primeiro livro da saga de Fafhrd e do Rateiro Cinzento às Edições Saída de Emergência, após um longo período de tradução (muita paciência teve a editora). Mas ao menos Leiber vai ser finalmente publicado em Portugal. Título do primeiro volume: As Crónicas da Espada. Vai conter as seguintes partes:  «Apresentação: Sobre um outro mundo e sobre o encontro do estranho com o estranho e a descoberta da fraternidade; As Mulheres da Neve: Sobre a gélida magia das mulheres e sobre a guerra fria entre os sexos, despoletando a destreza de um jovem desenvencilhado, a quem três mulheres cercavam, juntamente com ditames pertinentes sobre o amor paternal, a bravura dos actores e a coragem dos tolos; O Graal Profano: Um discurso ficcionado sobre as relações de um feiticeiro com acólitos de ambos os sexos, acompanhado de observações no uso do ódio como força motriz, e contendo a verdadeira história de como Rato se tornou no Rateiro Cinzento; Maus Encontros em Lankhmar: O segundo e decisivo encontro de Fafhrd e o Rateiro Cinzento, cuja narrativa é envolta no interminável nevoeiro da noite e do crime organizado, sobre a bebedeira e vaidade dos homens e mulheres apaixonados, e sobre os mui variados horrores e fascínios da Cidade das Sete Mil Chaminés.»

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20 Agosto 2006

ALGUNS CONSELHOS de escrita, neste caso sobre cenas de acção. Algo normalmente difícil para um escritor que não seja visual, ou cujo forte esteja na destreza do diálogo. No entanto, por vezes é necessário apresentar este ponto (não me lembro de nenhum caso na recente ficção portuguesa, mas creio que isso talvez se deva porque não leio ficção portuguesa). Aqui estão alguns conselhos que podem considerar úteis. Esta não é a minha forma de fazer: sou extremamente visual, e normalmente cenas de conflito físico são das mais agradáveis de fazer, se correctamente visualizadas - desaparecem os proseletismos, a vontade de afirmações filosóficas, a necessidade de enquadrar a história num quadro mais grandioso meta-literário que, como na ressonância dos baixos numa melodia, ajudam a aprofundar a narrativa. É narração pura e dura, frases curtas, verbos perfeitamente encaixados entre sujeito e predicado, e a necessidade de manter aquele parágrafo a fluir sem repetição de termos e fazê-lo interessante e ao menos, verosímil. É também a oportunidade perfeita para demonstrar personalidade e enriquecer o personagem. Lutar é um acto muito físico e se for corpo-a-corpo, tão intenso e pessoal. Como fazer amor, de certa forma, só que ali envolve sobrevivência e a necessidade de subjugar a vontade do oponente. E da mesma forma que não se faz amor igualmente com duas pessoas diferentes, não se luta igualmente com duas pessoas diferentes - algo que os filmes menores de acção ainda não entenderam, apresentando o mesmo estilo de pancadaria ao longo de todo o filme, como se bons e mauzinhos tivessem frequentado a mesma academia e os mesmos professores.

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