Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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09 Janeiro 2008

LENTES DE CONTACTO DESTRONAM A LIDERANÇA DOS ÓCULOS VIRTUAIS Após meia década no topo da lista de vendas dos aparelhos electrónicos de lazer e quotidiano, os óculos virtuais Vasto Mundo, que foram a aposta da vida de um pequeno grupo de jovens técnicos no início da década, hoje em dia proprietários da milionária OmniVisão Lda, foram pela primeira vez afastados do pódio pela nova moda do audiovisual: lentes de contacto virtuais. Invenção dos laboratórios americanos True Man, líderes na elaboração de próteses para invisuais, e que pretendem com este engenho massificar a produção e atingir o consumidor comum, tratam-se de lentes feitas de um polímero inteligente, cujas moléculas reagem individualmente e de forma passiva aos diferentes espectros de uma emissão de ondas de rádio codificada, de forma a refractarem a luz recebida antes de atingir a retina e dessa forma simularem imagens, estáticas ou em movimento, com elevadíssima precisão. Ao contrário dos óculos virtuais, que necessitam de uma armação volumosa e lentes de cristais líquidos de segunda geração para estabelecer ligação à internet e poderem interagir com o dono, as novas lentes de contacto requerem apenas a presença de um pequeno centro de captação dos dados, responsável por captar o sinal dos transmissores virtuais e efectuar a respectiva tradução num formato descodificável pelas moléculas das lentes do próprio utilizador. A proposta do laboratório é de incluir o centro de contacto num discreto auricular que acompanharia o uso das mesmas e seria indispensàvel à recepção do som. De acordo com os consumidores, a quase invisibilidade do aparelho é o factor mais atraente, e a principal razão porque, apesar do seu custo elevado, começa a ser preferido face aos Vasto Mundo que, embora existindo em diversos estilos e em parceria com famosas casas de design internacionais, nunca foram capazes de vencer completamente o incómodo interface «óculo».[Agência Nacional de Notícias, 09.01.2019s]

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08 Janeiro 2008

AS SOCIEDADES ALTERNATIVAS EM DEBATE. Foram ontem apresentadas na Faculdade de Ciências de Lisboa as primeiras observações de um estudo efectuado sobre o efeito das tecnologias modernas na definição de identidades alternativas. De acordo com a proposta inicial do projecto, a possibilidade de comunicação directa e instantânea entre pessoas distantes no espaço, quer pelos tradicionais meios de contacto quer pelos progressos recentes da tradução automática, estarão a criar grupos de interesses comuns que evoluem para verdadeiras e complexas sociedades virtuais, adoptando regras de conduta, linguagem, estratos sociais e inclusive, em exemplos mais sofisticados, leis e tributação fiscal das receitas auferidas no próprio espaço virtual, e fora dele. Representando na maioria dos casos, espaços alternativos de expressão pessoal, a taxa de aderência não se restringe a camadas mais jovens ou mais idosas, mas todos os níveis etários, nos quais se pode encontrar a gama completa de participantes: desde o pontual ou curioso, designado no meio por turista acidental, que investe pouco mais de um porcento do tempo disponível anualmente, aos ocupantes permanentes, que são capazes de investir noventa a cem porcento do tempo disponível, parando apenas para trabalhar e dormir. O que os motiva a esta existência paralela? Quase sempre a necessidade de obter controlo sobre as circunstâncias que os desagradam no mundo real, desde vicissitudes da fisionomia pessoal, falta de património financeiro, falta de iniciativa, à própria incapacidade de integração social e profissional. Por vezes, o desagrado face à organização e tecnocracia das sociedades modernas também conduz a que uma certa camada procure realização em terras de fantasia épica ou medieval, concebidas sobre parâmetros mais simples que as verdadeiras culturas históricas. Resultado da colaboração de docentes portugueses com congéneres da Faculté des Sciences et Techniques de Lille, o estudo observa ainda o crescimento de negócios do mundo real vocacionados para fornecer produtos e serviços exclusivamente vocacionados para cada uma destas sociedades, obviamente com contrapartidas financeiras em dinheiro concreto. [Agência Nacional de Notícias, 08.01.2011]

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