Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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13 Junho 2016

Outros recortes. Público de 16 de Julho de 1993. Mero anúncio do lançamento:

O seu livro «O Futuro à Janela» ganhou um prémio. Esta é uma obra «que forma o díptico "A GalxMente", desdobrando em dois tomos que se podem ler autonomamente. "Cidade da Carne" é o primeiro painel, completo como tal, deste empreendimento impressionante e por vezes cruel.»

Indicação ilegível, possivelmente do Jornal de Artes e Letras:

Vencedor do Prémio Caminho de Ficção Científica em 1991, Luís Filipe Silva confirma com este segundo livro as qualidades evidenciadas há cerca de dois anos. É uma escrita diferente de grande imaginação, que merece a atençãoda crítica e do público.

Primeiro de Janeiro, de 1 de Agosto de 1993:

«Cidade da Carne» - Ainda há relativamente pouco tempo a Caminho teve o ensejo (leia-se, arrojo) de editar uma primeira colectânea de textos de ficção científica de autores de língua portuguesa («O Atlântico tem duas margens» - antologia da novíssima ficção científica portuguesa e brasileira, vários autores, org. de José Manuel Morais, Caminho, 1993). Ficcionistas científicos brasileiros e portugueses viram assim algumas das suas criações literárias reunidas num voume, como que a provar que por cá também se produz tal «coisa» (o que lhe confere outra força, convenhamos). Nesse volume, figurava já o nome de Luis Filipe Silva com o conto «O Mundo Distante», o que fazia antever, a todos os títulos, as potencialidades de novos escritos nesta esteira. De imediato, o que pode acontecer ao ler-se este «GalxMente - I» designado «Cidade da Carne» é que, apesarde a história poder aqui se esgotar, fica a vontade de se ler o «GalxMente - II», que vai brevemente receber o nome de «Vinganças». Até lá, à espera...

Diário Regional - Aveiro de 16 de Julho de 1993.

«Maltow aterrou suavemente numa zona de gordura, preparada para o efeito. Elas aterraram ao lado dele, viraram-no e começaram a empurrá-lo lentamente pela superfície da pele. Maltou cerrou os olhos. Um coração possante batia com força, algures nas profundezas da piscina.» Nos livrinhos de bolso da «Caminho», mais um volume assinado por um escritor português e dedicado à ficção científica. «A GalxMente» é constituída por dois tomos que se podem ler autonomamente. «Cidade da Carne» é o primeiro desses tomos e assinala, de facto, uma obra considerável no panorama da recente literatura portuguesa.

(A repetição de termos deveu-se certamente aos comentários presentes na nota de imprensa da editora, para assinalar o lançamento, e que os comentadores terão reproduzido.)

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11 Junho 2016

Por ocasião do lançamento da Cidade da Carne, surgiu um conjunto interessante de críticas em jornais - nenhuma delas online - que, pela ocasião do relançamento, lembrei-me de começar a transcrever. Os jovens não saberão, mas houve um tempo em que os jornais eram lidos, eram relevantes, originavam debates virais e, com certos suplementos, convidavam ao arquivo.

O primeiro é do Diário do Alentejo, do dia 3 de Setembro de 1993. Os negritos estão no texto original.

Com os seus lexemas e estruturas sintáctico-estilísticas, seu jogo de significantes e significados, a língua materna é a grande medianeira onde o espírito dá réplica ao real ou, neste caso, ao transreal, porque a palavra ao mesmo tempo grava e transforma, encruzilhada do passado e do «futuro», do social e do individual, dos mitos de uma ideia que se «projecta», e de uma metáfora que se funde com a nebulosa, onde o homem entra quando pretende encontrar sentido para as coisas.

«Quando da publicação de O Futuro à Janela (Prémio Caminho 1991), a crítica foi unânime em salientar que Luís Filipe Silva constituía, pelo menos, uma nítida promessa. Pois a promessa aqui está neste livro A GalxMente, desdobrado em dois tomos que se podem ler autonomamente. A Cidade da Carne é o primeiro painel, completo como tal, deste empreendimento impressionante e por vezes cruel.»

Uma cidade de máquinas e para máquinas ou, melhor paramáquinas quer de métodos de controlo (bio-feedback, etc) quer de um sistema de diálogos psicanalíticos.

Talvez que este futuro ou este viver no futuro mais não seja que uma explicação do normal, quer dizer os meios electrónicos permitem quantificar o comportamento social.

Há no texto uma lógica - o que me parece importante.

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